PROTEUS EDUCAÇÃO PATRIMONIAL 22 ANOS

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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

LUGAR COMUM – CONHECIMENTO E VALOR

LUGAR COMUM:
CONHECIMENTO E VALOR
Autor: Carlos Henrique Rangel

Ao homem cabe definir o que lhe é caro. O que lhe toca, fala e o impulsiona para o infinito futuro.

É característica humana conhecer ou pensar conhecer para aceitar , acomodar, sentir-se bem e continuar.

Conhecer e atribuir valores são essenciais ao homem para uma vivência sadia com o seu meio e os seus. E isso pode se dar de forma consciente ou inconsciente. Coletivamente ou individualmente. Sempre de forma diferente, por que diferentes são os homens e as relações destes com o seu meio/mundo.

Uma relação que é real e ao mesmo tempo mistica. Ao mesmo tempo fantasiosa e construída individualmente e coletivamente nos espaços domesticados.

Os valores são transportados, atribuídos aos lugares e as coisas, quase aleatoriamente ao longo dos anos e das vivências. Definem o caráter dos homens, influenciam o seu modo de ser, crer, e ver o mundo e vice-versa. Os lugares e as coisas influenciam e ao mesmo tempo são qualificados, valorados compreendidos, modificados material e imaterialmente pelos homens.

E a razão de tudo isso é viver bem.
Sentir-se bem e em segurança física e espiritual. “Eu me sinto bem no lugar que quero e me quer bem.”

O que conheço e me faz bem e me é caro, eu quero que dure, que permaneça. Por que a sua permanência está vinculada a minha sobrevivência, a minha continuidade.

Se o elo se rompe por incompetência do grupo humano em transmitir o conhecimento atribuído aos lugares e coisas, assistiremos a crise desta sociedade. Onde a ruptura acontece entre conhecimento e valor, a dispersão impera. Não há mais coesão social e um povo que não lembra está fadado ao desaparecimento. Um povo que não lembra não importa.
E se não importa, já não é mais um povo.

Para não esquecer os valores e ou atribuir novos valores é preciso lembrar sempre: transmitir, repetir, reconhecer, conhecer.
Está nas mãos dos homem a sua continuidade e permanência.

Sem passado e tradição não há continuidade e renovação sadia. Sem suportes da memória não há como lembrar e continuar com autoestima. Sem autoestima é o fim.

O que queremos?

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