A IMATERIALIDADE NAS COISAS...
http://www.youtube.com/watch?v=pJqfP_vZBfw
PROTEUS EDUCAÇÃO PATRIMONIAL 22 ANOS
PROTEUS EDUCAÇÃO PATRIMONIAL 22 ANOS
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
EDUCAÇÃO PATRIMONIAL - UMA VISÃO
UMA VISÃO INTERESSANTE...
“Até agora repousávamos
tranquilamente na noção de tempo regida pelo império do passado. Todo o esforço
de memória remetiam irremediavelmente para um acervo, ou um armazém, de coisas
placidamente colecionadas. Agora, se nos permitirem, vamos até desejar e
imaginar uma memória do futuro. Isto significa que o tempo deixou de ser um
corte sincrônico apenas, onde o passado possa imperar, mas ele vem a existir
como uma estrutura unitária onde se dão por igual o presente, o passado e o
futuro.”
( Ministro da Educação e Cultura Eduardo Portella na Publicação do
IPHAN N.º 5 – PróMemória Presidente toma posse no MEC. Março/abril 1980. Pág.7)
"Quem está próximo do bem cultural ou o produz, é, verdadeiramente, quem deve cultivá-lo. É preciso, nesse sentido, criar canais adequados e formas que assegurem a efetiva participação da comunidade nas decisões e no trato dos problemas afetos à produção e preservação cultural de modo a favorecer a preconizada distribuição de responsabilidades entre todos os envolvidos (organismos de poder público, entidades privadas e, sobretudo, da população). É fundamental, pois, que se busquem meios para que a comunidade possa deter não só o uso e o benefício, mas também o gerenciamento e a preservação, com o apoio dos órgãos competentes para efetivação deste trabalho."
(Diretrizes para Operacionalização da Política Cultural do MEC" Elaborado durante o seminário realizado em Brasília, de 31 de agosto a 2 de setembro de 1981)
"Quem está próximo do bem cultural ou o produz, é, verdadeiramente, quem deve cultivá-lo. É preciso, nesse sentido, criar canais adequados e formas que assegurem a efetiva participação da comunidade nas decisões e no trato dos problemas afetos à produção e preservação cultural de modo a favorecer a preconizada distribuição de responsabilidades entre todos os envolvidos (organismos de poder público, entidades privadas e, sobretudo, da população). É fundamental, pois, que se busquem meios para que a comunidade possa deter não só o uso e o benefício, mas também o gerenciamento e a preservação, com o apoio dos órgãos competentes para efetivação deste trabalho."
(Diretrizes para Operacionalização da Política Cultural do MEC" Elaborado durante o seminário realizado em Brasília, de 31 de agosto a 2 de setembro de 1981)
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
ALOÍSIO MAGALHÃES
ALOÍSIO MAGALHÃES
“Definir o que seja bem cultural
implica por princípio numa antidefinição, dada a multiplicidade das
manifestações que emergem das estruturas sociais formadoras da civilização brasileira.
Assim, chegaríamos a tantos
conceitos de bem cultural quantas fossem as situações específicas geradoras de
cultura. Cultura entendida aqui como o processo global que não separa as
condições do meio ambiente daquelas do fazer do homem. Que não privilegia o
produto – habitação, templo, artefato, dança, canto, palavra – em detrimento
das condições do espaço ecológico em que tal produto se encontra densamente
inserido.
Dessa forma, cultura e educação
evidenciam também a sua indissolubilidade, uma vez que a formação erudita do
profissional que projeta a casa, a escola, a igreja, a cidade, tem o seu
equivalente na aprendizagem só aparentemente informal do artífice popular, que
desde a infância absorve dos mestres locais a elaborada tecnologia ligada à
atividade da agricultura, da pesca, e à produção de olaria, de trançado, de
tecelagem.
Já em 1937 Mário de Andrade,
autor do anteprojeto que deu origem a Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional, propunha a superação do “sofisma sentimental do ensino
primário” e acrescentava: “Ele é imprescindível, mas são imprescindíveis
igualmente os institutos culturais em que a pesquisa vá de mãos dadas com a
vulgarização, com a popularização da inteligência.” Enfatizando que “defender o
nosso patrimônio histórico e artístico é alfabetização” , Mário insistia também
num “maior entendimento mútuo”, num “maior nivelamento geral da cultura que...
a torne mais acessível a todos, e em consequência lhe dê uma validade
verdadeiramente funcional.” Reivindicava ainda um movimento recíproco de maior
conhecimento entre saber erudito e saber popular através de uma atividade que
provocasse “o erguimento das partes que
estão na sombra, pondo-as em condição de receber mais luz”.
O pensamento de Rodrigo Mello
Franco de Andrade encontrava-se em perfeita consonância com o de Mário. No “Programa”
da revista do novo órgão, lançada em 1937, Rodrigo ressaltava: “O presente
número desde logo se ressente de grandes falhas, versando quase todo sobre
monumentos arquitetônicos como se o patrimônio histórico e artístico nacional
consistisse principalmente nestes. A verdade, entretanto, é que, tal como foi
definido pelo decreto-lei de 30 de novembro, aquele patrimônio se constitui do ‘conjunto
dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de
interesse público, quer por se acharem vinculados a fatos memoráveis da história
do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico,
bibliográfico ou artístico’. Equiparam-se ainda a esses valores ‘os monumentos
naturais, bem como sítios e paisagens que importe conservar e proteger pela
feição notável com que tenham sido dotados pela natureza ou agenciados pela
indústria humana’.” Era de esperar a ênfase conferida, na época, aos bens
monumentais arquitetônicos. Fazia-se realmente necessária uma política de
proteção, com caráter de emergência, diante da ameaça de total destruição a que
achavam expostos aqueles bens na década de 30. E o Serviço do patrimônio teve o
descortino de não só tomar consciência das prioridades de ação exigidas pelo
momento como também de efetivamente atuar para atende-las. A geração de Rodrigo
e de Mário preservou pra nós os monumentos expressivos do passado ainda
existentes no território nacional, quando assumiu essa responsabilidade.
Contradiz também a auto-exigência
e o rigoroso escrúpulo de Rodrigo Quanto às
“grandes falhas” da primeira publicação, o fato de constarem dela, e das
subsequentes, ensaios sobre a proteção à natureza, culturas indígenas,
arquitetura popular, pesca, arqueologia.
Diante de uma sociedade em
permanente e desigual transformação, num momento histórico diverso, é nossa
tarefa procurar adequar os serviços deste Instituto às solicitações do nosso
tempo.
Inscrevem-se nessa preocupação os
estudos atualmente em curso objetivando integrar ao IPHAN dois outros órgãos
que nos últimos anos vêm ampliando nosso envolvimento com os bens culturais
brasileiros: o Programa de Cidades Históricas e o Centro Nacional de Referência
Cultural. A fusão desses esforços nos permitirá enfrentar o desafio de hoje com
a esperança de acerto que nos compele a solicitar a participação de todos – do indivíduo
à comunidade – para o diálogo contínuo e aberto, imprescindível e contemporâneo
a qualquer ação que se faça sentir sobre um patrimônio cultural comum.
Esta publicação é um primeiro
passo nesse sentido.
Terá cumprido a sua função quando
as respostas e iniciativas que suscitar venham integrar-se a uma prática
coletiva, elaborada continuamente, que entenda os bens culturais como expressão
completa da qualidade de vida do homem.”
( Aloísio Magalhães Diretor-Geral do IPHAN – Editorial do
n.º0 Publicação IPHAN – 1979)
_________________________________________________________________________________
"(...)
O IPHAN orientou-se pela ideia de cobrir todo o país, nem sempre ouvindo a comunidade sobre a conservação de seu patrimônio. Não sou a favor desta ideia. Esta postura elitista de tantos anos talvez seja consequência do próprio sistema político brasileiro, no seu sentido histórico e tradicional. a ação que vamos procurar empreender é tentar fazer com que a comunidade, nos seus afazeres e na sua vida, se conscientize de sua ambiência cultural. Isto é, temos que procurar dar à comunidade um status de vida que lhe permita entender por que determinado prédio está sendo preservado. Em outras palavras, a própria comunidade é a melhor guardiã de seu patrimônio."
( Aloísio Magalhães - Secretário do Patrimônio Histórico e Artístico nacional e Presidente da Fundação Nacional Pró-Memória - Publicação IPHAN N.º 4 DE janeiro/fevereiro 1980. p. 11 Artigo: "Bem cultural é fator de desenvolvimento")
_____________________________________________________________________________
"(...)
Todos os esforços, todos os recursos financeiros, todas as metodologias que se possam fazer através da ação federal, da ação estadual, da ação municipal, eles têm sentido de apoio tecnológico, de recursos financeiros, de interação com a realidade. Mas, fundamentalmente, é a comunidade quem deve determinar esta política, quem deve participar na escolha, na defesa, na maneira como que deve se proceder dentro dos critérios tecnológicos determinados pela legislação competente, o que deve ser preservado, como deve ser preservado, e, sobretudo, a guarda desses bens."
(...)
É nesse sentido que a tarefa da preservação do patrimônio cultural brasileiro em vez de ser uma tarefa de cuidar do passado é, essencialmente, uma tarefa de refletir sobre o futuro. Muita pouca gente, e são poucas as áreas no nosso país que estão preocupadas com esse tipo de reflexão. É verdade que estamos diante de problemas muitos complexos, que temos que "apagar incêndios", que temos que resolver problemas terríveis: balanço de pagamento, inflação. Tudo isso constitui essa realidade impressionante, do dia-a-dia de nós todos. É opressivo e é terrível. Mas não sairemos desse buraco, não conseguiremos construir um desenho projetivo do Brasil, nem nenhum modelo que seja verdadeiramente importante para a Nação brasileira, se isso não for feito à base daquilo que nós somos, das referências da nossa identidade. De forma que a mensagem do Patrimônio, a mensagem de nós que nos ocupamos da preservação do em cultural é uma mensagem projetiva, é uma mensagem para o futuro, que nada tem a ver com o saudosismo, com os componentes de uma memória apagada e morta, guardada por uma questão puramente de saudosismo.
(Aloísio Magalhães. O Papel do Patrimônio Cultural no Futuro da Nação. Publicação SPHAN PróMemória . Agosto de 1982. pág. 17, 18).
_________________________________________________________________________________
"(...)
O IPHAN orientou-se pela ideia de cobrir todo o país, nem sempre ouvindo a comunidade sobre a conservação de seu patrimônio. Não sou a favor desta ideia. Esta postura elitista de tantos anos talvez seja consequência do próprio sistema político brasileiro, no seu sentido histórico e tradicional. a ação que vamos procurar empreender é tentar fazer com que a comunidade, nos seus afazeres e na sua vida, se conscientize de sua ambiência cultural. Isto é, temos que procurar dar à comunidade um status de vida que lhe permita entender por que determinado prédio está sendo preservado. Em outras palavras, a própria comunidade é a melhor guardiã de seu patrimônio."
( Aloísio Magalhães - Secretário do Patrimônio Histórico e Artístico nacional e Presidente da Fundação Nacional Pró-Memória - Publicação IPHAN N.º 4 DE janeiro/fevereiro 1980. p. 11 Artigo: "Bem cultural é fator de desenvolvimento")
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"(...)
Todos os esforços, todos os recursos financeiros, todas as metodologias que se possam fazer através da ação federal, da ação estadual, da ação municipal, eles têm sentido de apoio tecnológico, de recursos financeiros, de interação com a realidade. Mas, fundamentalmente, é a comunidade quem deve determinar esta política, quem deve participar na escolha, na defesa, na maneira como que deve se proceder dentro dos critérios tecnológicos determinados pela legislação competente, o que deve ser preservado, como deve ser preservado, e, sobretudo, a guarda desses bens."
(...)
É nesse sentido que a tarefa da preservação do patrimônio cultural brasileiro em vez de ser uma tarefa de cuidar do passado é, essencialmente, uma tarefa de refletir sobre o futuro. Muita pouca gente, e são poucas as áreas no nosso país que estão preocupadas com esse tipo de reflexão. É verdade que estamos diante de problemas muitos complexos, que temos que "apagar incêndios", que temos que resolver problemas terríveis: balanço de pagamento, inflação. Tudo isso constitui essa realidade impressionante, do dia-a-dia de nós todos. É opressivo e é terrível. Mas não sairemos desse buraco, não conseguiremos construir um desenho projetivo do Brasil, nem nenhum modelo que seja verdadeiramente importante para a Nação brasileira, se isso não for feito à base daquilo que nós somos, das referências da nossa identidade. De forma que a mensagem do Patrimônio, a mensagem de nós que nos ocupamos da preservação do em cultural é uma mensagem projetiva, é uma mensagem para o futuro, que nada tem a ver com o saudosismo, com os componentes de uma memória apagada e morta, guardada por uma questão puramente de saudosismo.
(Aloísio Magalhães. O Papel do Patrimônio Cultural no Futuro da Nação. Publicação SPHAN PróMemória . Agosto de 1982. pág. 17, 18).
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
EDUCAÇÃO PATRIMONIAL - BIBLIOGRAFIA EM UM BLOG
BIBLIOGRAFIA PARA EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
http://educarpreservar.blogspot.com.br/p/bibliografia-em-educacao-patrimonial.html
UMA CARTILHA:
http://issuu.com/daniellalira/docs/caderno_tematico_01/68
http://educarpreservar.blogspot.com.br/p/bibliografia-em-educacao-patrimonial.html
UMA CARTILHA:
http://issuu.com/daniellalira/docs/caderno_tematico_01/68
sábado, 15 de dezembro de 2012
EDUCAÇÃO PATRIMONIAL TEXTO: O OUTRO
O OUTRO
Autor: Carlos Henrique Rangel
Vivendo em grupo por necessidade e sobrevivência, o ser humano cedo necessitou de símbolos e códigos para se fazer entender e compreender o seu mundo e os seus iguais. Essa necessidade do outro e a convivência com este só foi possível através de um consenso coletivo para se entenderem em relação a tudo. Desde as pequenas como a nominação de um objeto, às regras de convivência.
Se esse consenso se deu através de lideres carismáticos ou autoritários, ou mesmo de forma democrática, essa não é a questão. O fato é que o consenso existiu para que fosse possível a convivência em grupo e a adaptação a um espaço determinado.
A identidade desse grupo será definida pelo consenso. Pela crença em valores assimilados por todos ou pelo menos a maioria dos membros do grupo. Os que não aceitam as regras do grupo são excluídos e se tornam os “outros”.
Também esses, denominados “outros” são necessários para a formação da identidade do grupo e a consolidação de suas crenças, costumes e ideais. A identidade de um ser ou de um grupo é definida pela contraposição à identidade de outro. O outro indivíduo, grupo ou comunidade ou nação será sempre a referência até mesmo para o fortalecimento da identidade.
Ao mesmo tempo, uma comunidade por mais homogênea que seja sempre terá grupos discordantes – “os outros” que também possuem identidade própria, cultura própria, mesmo que identificados de uma forma geral com o grupo dominante.
Essa minoria dentro de uma comunidade maior ainda assim é parte desta e merecem respeito quanto a sua memória, identidade e suas produções culturais.
O outro que me acompanha e que produz cultura comigo, o que permite a diversidade cultural merece ser reconhecido, respeitado e valorizado como parte do grupo maior.
Numa sociedade consensual a diversidade deve ser o consenso para que a o grupo se renove culturalmente e sobreviva com a autoestima valorizada e fortalecida.
Esse outro também ele é parte do grupo e mesmo o outro culturalmente diferente, aquele de outro grupo/nação, também esse merece respeito. Ser diferente não é ser pior ou melhor.
É apenas diferente. Outra forma de ser e de se relacionar com o mundo e seus lugares.
O outro é o meu céu e meu inferno. É o meu contraponto.
O outro sou eu diferente.
Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=135724#ixzz2F9NAxyru
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives
Autor: Carlos Henrique Rangel
Vivendo em grupo por necessidade e sobrevivência, o ser humano cedo necessitou de símbolos e códigos para se fazer entender e compreender o seu mundo e os seus iguais. Essa necessidade do outro e a convivência com este só foi possível através de um consenso coletivo para se entenderem em relação a tudo. Desde as pequenas como a nominação de um objeto, às regras de convivência.
Se esse consenso se deu através de lideres carismáticos ou autoritários, ou mesmo de forma democrática, essa não é a questão. O fato é que o consenso existiu para que fosse possível a convivência em grupo e a adaptação a um espaço determinado.
A identidade desse grupo será definida pelo consenso. Pela crença em valores assimilados por todos ou pelo menos a maioria dos membros do grupo. Os que não aceitam as regras do grupo são excluídos e se tornam os “outros”.
Também esses, denominados “outros” são necessários para a formação da identidade do grupo e a consolidação de suas crenças, costumes e ideais. A identidade de um ser ou de um grupo é definida pela contraposição à identidade de outro. O outro indivíduo, grupo ou comunidade ou nação será sempre a referência até mesmo para o fortalecimento da identidade.
Ao mesmo tempo, uma comunidade por mais homogênea que seja sempre terá grupos discordantes – “os outros” que também possuem identidade própria, cultura própria, mesmo que identificados de uma forma geral com o grupo dominante.
Essa minoria dentro de uma comunidade maior ainda assim é parte desta e merecem respeito quanto a sua memória, identidade e suas produções culturais.
O outro que me acompanha e que produz cultura comigo, o que permite a diversidade cultural merece ser reconhecido, respeitado e valorizado como parte do grupo maior.
Numa sociedade consensual a diversidade deve ser o consenso para que a o grupo se renove culturalmente e sobreviva com a autoestima valorizada e fortalecida.
Esse outro também ele é parte do grupo e mesmo o outro culturalmente diferente, aquele de outro grupo/nação, também esse merece respeito. Ser diferente não é ser pior ou melhor.
É apenas diferente. Outra forma de ser e de se relacionar com o mundo e seus lugares.
O outro é o meu céu e meu inferno. É o meu contraponto.
O outro sou eu diferente.
Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=135724#ixzz2F9NAxyru
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
PATRIMÔNIO IMATERIAL - FREVO
PATRIMÔNIO IMATERIAL
FREVO DE PERNAMBUCO
PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE
http://www.iphan.gov.br/baixaFcdAnexo.do?id=3032segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
A
EXPERIÊNCIA EM EDUCAÇÃO PATRIMONIAL DO IEPHA DE 1981 A 2010
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Este
texto pretende abordar as experiências do IEPHA/MG – Instituto Estadual do
Patrimônio Histórico e artístico de Minas Gerais - na educação e sensibilização
das comunidades para a convivência com o seu patrimônio cultural, ao longo de
vinte nove anos de atuação.
Seguindo
a orientação do “Encontro de Brasília”, em 1971 o governo do Estado de Minas
Gerais, criou o IEPHA/MG, fundação integrante do Sistema Estadual de Cultura
com a atribuição básica de preservar o rico patrimônio cultural do Estado
empreendendo a identificação, registro, fiscalização e restauração dos bens
culturais tangíveis e a partir de 2002, dos bens imateriais.
Ao longo dos mais de quarenta anos de
existência, o IEPHA/MG, cumpriu com relativa desenvoltura as suas funções de
proteger, gerenciar e estudar o patrimônio cultural do Estado. No entanto, o
número reduzido do seu corpo técnico e a grande extensão territorial de Minas
Gerais, aliada à diversidade do acervo cultural, cedo demonstrou a necessidade
de parcerias para o desenvolvimento dos trabalhos. Já em 1981, esta necessidade
se fazia premente e o envolvimento das comunidades na preservação, uma
solução. Esse programa de 1981 definia como prioridade a promoção do
conhecimento a acerca do patrimônio Cultural com utilização de audiovisuais e filmes
documentários e concursos em escolas, promoção de palestras, exposições
fotográficas e distribuição de material institucional referente aos conceitos e
conteúdo dos programas de restauração desenvolvidos pela instituição à época,
denominados PCH – Programa de Cidades Históricas e POU – Programa de Obras
Urgentes.
No
entanto foi somente em outubro de 1983, com a criação do PAC – Política de
Atuação com as Comunidades, que a instituição efetivou de fato um programa de
conscientização das comunidades com o principal objetivo de romper com o
paternalismo estatal. A política de atuação do PAC partia do pressuposto de que
todo bem cultural é “uma referência histórica necessária à formulação e
realização do projeto humano de existência”. O PAC tinha como uma das suas
principais metas fomentar a criação e o desenvolvimento de entidade de
preservação local.
Em
1994, tendo em vista a continuidade dos trabalhos de conscientização e
entendendo que somente a criação de uma sistemática de socialização do conhecimento
de todas as questões que envolvem o patrimônio cultural poderia assegurar às
comunidades a participação na construção de sua história, o IEPHA/MG resolveu
investir em um pioneiro projeto de educação patrimonial. Esta nova empreitada
pretendia conscientizar as novas gerações sobre a importância da preservação,
entendendo serem elas as futuras guardiãs deste acervo cultural. Para sua
realização foram envolvidas as superintendências das duas diretorias técnicas
da instituição (Diretoria de Proteção e Memória e Diretoria de Conservação e
Restauro) e a Secretaria de Estado da Educação.
Sob
a Coordenação da arquiteta Aurora Pederzoli em parceria com a Assessora Técnica
Geny Lima, o “Projeto Educação, Memória e Patrimônio" foi desenvolvido
experimentalmente objetivando a promoção de ações educativas de identificação,
valorização e proteção de bens culturais junto a escolas públicas
estaduais. Os trabalhos desenvolvidos em duas escolas escolhidas como
piloto foram divididos em duas fases que contaram com um ativo envolvimento dos
técnicos do IEPHA/MG. Finalizada a experiência, nas duas escolas o IEPHA/MG,
devido a grande repercussão advinda, deu prosseguimento à educação patrimonial
através do Projeto de Pesquisa
"Memória de Minas - Educação e Patrimônio Cultural", numa
tentativa de se criar uma atividade permanente integrada às ações comunitárias
e ao projeto de realização de inventários da instituição. Este novo projeto
tinha como principal objetivo “a socialização do conhecimento das questões
referentes ao Patrimônio Cultural, assegurando às comunidades uma verdadeira
participação na construção da sua história e, conseqüentemente, na melhoria de
sua qualidade de vida”. Apenas um piloto foi realizado em 1995, na cidade de
Leopoldina.
No ano de 2002, houve uma nova tentativa de se empreender um
projeto de educação patrimonial, agora em convênio com a Secretaria de Estado
da Educação e Fundação João Pinheiro, estabelecendo “um elenco de ações
conjuntas visando a disseminação de conceitos, conhecimentos, experiências e
recomendações para a exploração do tema Educação Patrimonial nas escolas
de nosso estado”. O Projeto gerou uma publicação, (Reflexões e Contribuições
para a Educação Patrimonial) com textos de diversos autores, que se tornou
referência nacional na área.
Em 2006, o IEPHA/MG realizou um programa de educação patrimonial
dentro do sub-programa Preservação do patrimônio Cultural do programa “Trens de
Minas”, visando, desta forma suprir esta carência de intercâmbio e
conscientização tão importante para o bom desempenho da instituição, dos
municípios e comunidades na proteção do acervo ferroviário mineiro.
Paralelamente, desenvolveu várias ações educativas: cursos, palestras, fóruns,
atendimentos presenciais e via e-mail/site, produção de informativos, estórias
educativas e jogos auxiliando os municípios mineiros na realização dos seus
projetos de educação patrimonial.
De
2007 a 2010, a Diretoria de Promoção do IEPHA/MG, Gerência de Difusão,
desenvolveu um grande programa de educação patrimonial - “Programa Memória e
Cidadania” – cujo os pilotos aconteceram em 2007 nas cidades de Paracatu e em
seguida, em 2008, Pitangui, envolvendo comunidades quilombolas, associações de
bairros, Conselho Municipal do Patrimônio, Secretaria Municipal de Educação,
Secretarias Municipais de Cultura, entidades públicas e privadas diversas e escolas
estaduais e municipais, cujo o foco central é o desenvolvimento com orientação
e acompanhamento da equipe do IEPHA/MG, de projetos elaborados em conjunto
entre os vários seguimentos da sociedade local. Nos anos 2008 a 2010 o projeto
atingiu as cidades de Entre Rios, Jeceaba, São Brás do Suaçui, Pirapora,
Sabará, Sacramento, Berilo e novamente a cidade de Pitangui. O programa
pretendia: promover a conscientização cultural através de ações junto às
comunidades (palestras, cursos, cartilhas e boletins), para que absorvessem os
conceitos e conhecessem a realidade local com relação ao Patrimônio Cultural e
com isso desenvolver coletivamente ações para valorização e preservação das
produções culturais em conjunto com o IEPHA/MG; Estimular a apropriação e o uso,
pela comunidade, do Patrimônio Cultural que ela detém; estimular o diálogo
entre a sociedade e os órgãos responsáveis pela identificação, proteção e
promoção do Patrimônio Cultural, propiciando a troca de conhecimentos
acumulados sobre estes bens culturais e levar as questões relativas à
preservação do patrimônio Cultural para dentro das escolas, contribuindo para
que o corpo docente atue como agente multiplicador. Todos os projetos
monitorados pelo IEPHA/MG culminaram em um grande evento realizado em local
público das cidades.
As experiências do IEPHA/MG em educação patrimonial
demonstraram que o caminho certo está sendo trilhado, mas há muito a se avançar
nos próximos anos.segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
PROMOTORIAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS
PROMOTORES DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
LINK:
LINK:
http://www.mp.mg.gov.br/portal/public/promotoria/buscarcidade?nomeCidade=A
INSTITUTOS ESTADUAIS DO PATRIMÔNIO CULTURAL
INSTITUTOS ESTADUAIS DO PATRIMÔNIO CULTURAL
AMAZONAS
Patrimônio Cultural
Patrimônio Histórico e Arquitetônico
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BAHIA
o arquiteto e
diretor geral do Ipac, Frederico Mendonça,IPAC - Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da BahiaCentro Histórico de
Salvador, Rua 28 de Setembro, nº 15 - Centro.Salvador-BA - CEP:
40.020-246 - Tel.: +55 71 3116-6909/3117-6480/3116-6665E-mail: ascom.ipac@ipac.ba.gov.brhttp://www.ipac.ba.gov.br/ipactv/icms-cultural-na-bahia
CEARÁ
Secretaria da Cultura - Rua Major Facundo, 500 - Centro - Edifício Cine São Luiz, Fortaleza/Ce - Ver localização no mapa CEP 60025-100 - E-mail: ouvidoria@secult.ce.gov.brhttp://www.secult.ce.gov.br/patrimonio-cultural/patrimonio-material/tombamento
ESPÍRITO SANTO
SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA
Rua Luiz Gonzáles Alvarado- 51, Enseada do Suá, CEP
29.050-380, Vitória – EShttp://www.secult.es.gov.br/?id=/fale_conosco/fale_conosco.php
MINAS GERAIS
IEPHA
Praça da Liberdade s/n Belo Horizonte - cep. 30140 -010 Tel. 31 3235 2800
http://www.iepha.mg.gov.br/
PARANÁ
Coordenação do
Patrimônio Cultural (CPC) e o setor da Secretaria de Estado da
Cultura encarregado dos assuntos relativos à preservação do patrimônio
arqueológico, histórico, artístico e natural do Paraná Secretaria
de Estado da Cultura - SEECRua Ébano Pereira, 240 - 80410-903 - Curitiba - PR
41 3321-4700 –
http://www.patrimoniocultural.pr.gov.br/
PERNAMBUCO
Fundarpe - Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de
PernambucoRua da Aurora, 463/469, Boa Vista, Recife - PE -
Brasil. CEP: 50.050-000. Fone: +55 81 3184.3000http://www.fundarpe.pe.gov.br/
RIO DE JANEIRO
INSTITUTO ESTADUAL DO
PATRIMÔNIO CULTURAL
Rua da Ajuda, nº5/14º
andar - 20.040-000www.inepac.rj.gov.br | inepac@inepac.rj.gov.br DIREÇÃO
GERALPaulo Eduardo Vidal Leite Ribeiro2333-1363 | 2333-1351 DEPARTAMENTO
DO PATRIMÔNIO CULTURAL E NATURALLiana
Maria França de Souza Carneiro Monteiro2333-1357
/2333-1358 / 2333-1360http://www.inepac.rj.gov.br/modules.php?name=Content&pa=showpage&pid=3
RIO GRANDE DO NORTE
Fundação José Augusto
Rua Jundiaí, 641 - Tirol
Telefone: (84) 3232-5306Desenvolvimento: juniorinfo@rn.gov.br
Website atualizado por rosamoura@ymail.com http://www.fja.rn.gov.br/fja_site/navegacao/patrimonioculturalpotiguar.asp
RIO GRANDE DO SUL
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado
Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado – IPHAEAv. Borges de Medeiros, 1501 – 19º andar – Praia de
BelasCEP 90119-900Telefone: 32887535 / 32887534 / 32887533e-mail: iphae@via-rs.netDiretor: Eduardo Hahnhttp://www.cultura.rs.gov.br/v2/instituicoes-sedac/instituto-17/
SANTA CATARINA
FUNDAÇÃO CATARINENSE DE CULTURA - FCCInformações Gerais:
(55) (48) 3953-2300
Presidência
Joceli de SouzaFone: (48) 3953-2387
E-mail: presidente@fcc.sc.gov.br http://www.fcc.sc.gov.br/?mod=pagina&id=4969
SÃO PAULO
O CONDEPHAAT O
Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico
tem a função de proteger, valorizar e divulgar o patrimônio cultural no Estado
de São Paulo. Nessa categoria se encaixam bens móveis, imóveis, edificações,
monumentos, bairros, núcleos históricos, áreas naturais, bens imateriais,
dentre outros.Rua Mauá, 51 - LuzSão Paulo - SPCEP.: 01028-000Fone: 11 2627-8000Site: www.cultura.sp.gov.brhttp://www.cultura.sp.gov.br/portal/site/SEC/menuitem.a943691925ae6b24e7378d27ca60c1a0/?vgnextoid=528dcf75c7e9b110VgnVCM100000ac061c0aRCRD&cpsextcurrchannel=1
ICOMOS BRASIL
Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios
Rua Padre Francisco Auling, 172
Fone/Fax: 55 41 3353-4273
CEP: 80520-330
Curitiba - Paraná - Brasil
Email: contato@icomos.org.br
http://www.icomos.org.br/006_000.html
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