METRÓPOLE, O CINEMA
Atualizado em 01 de Setembro de 2023
PARTE 2
PARTE 3
METRÓPOLE
A TRAJETÓRIA DE UM ESPAÇO CULTURAL
Carlos
Henrique Rangel e Cristina Pereira Nunes – Historiadores
Em 1993, a Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte promoveu o Projeto
Agenda Metrópole para celebrar a memória do Cine-teatro Metrópole, demolido em
1983. O projeto teve como proposta sensibilizar e mobilizar a sociedade para as
questões referentes à importância do Patrimônio Cultural e suas formas de
preservação.
Integrando uma série de atividades realizadas pelo Agenda Metrópole, foi
desenvolvida uma pesquisa histórica visando o resgate da trajetória do
importante espaço cultural construído no centro de Belo Horizonte, na
tradicional rua da Bahia, palco da vida boêmia e cultural da cidade. Desse
trabalho, resultou a publicação “Metrópole, a trajetória de um espaço
cultural”, lançada pela Secretaria Municipal de Cultura. Agora, passados mais
dez anos deste triste acontecimento, relembramos a história para que de certa
forma ajudou a formar uma nova consciência preservacionista em Belo Horizonte.
Do Teatro Municipal ao Cine Metrópole –
Belo Horizonte foi planejada no final do século XIX, sob a égide do regime
republicano que consolidou o projeto de mudança da sede do governo mineiro da
antiga Ouro Preto.
A substituição da paisagem setecentista do arraial de Curral Del Rei pela
instalação da capital configurou o estabelecimento de um empreendimento
surpreendente e revolucionário, consolidando uma radical intervenção no espaço.
Balizada pelo cenário urbanístico moderno, marcado pela influência francesa, a
cidade traduziu os valores e padrões europeus do século XIX. Neste contexto,
inseriu-se a construção do Teatro Municipal, iniciada em 1906 pela prefeitura
de Belo Horizonte. As linhas do novo prédio inaugurado em 1909 reverenciaram as
aspirações da arquitetura ao gosto do ecletismo em vigor na época, realçando
com sua beleza e programação cultural a vida da capital e de seus habitantes.
A partir da década de 30, após um período marcado por polêmicas sobre uso e
tamanho, o teatro passou por mudanças que transformaram o curso de sua
história.
Nessa época, a arquitetura brasileira empreendeu passos definitivos na busca de
uma nova linguagem arquitetônica.
A renovação da paisagem urbana foi expressa em edificações construídas seguindo
tendências geometrizantes, com o uso de formas retilíneas, revestimentos em
pó-de-pedra e simplificação ornamental. Sob este clima inovador, instalou-se o
art-déco no cenário de Belo Horizonte.
Refletindo essa tendência, o Teatro Municipal sofreu reformas que o
transformaram em expressivo documento do estilo art-déco. Ao aproveitar o
arcabouço do antigo prédio, foram acrescidos novos volumes e tratamento geral.
O destino do Teatro Municipal foi, no entanto definido pela administração do
inovador prefeito Juscelino Kubitschek definiu o destino do teatro que resolveu
dotar a capital, um dos centros mais adiantados do país, de obra melhor e mais
moderna, destinada exclusivamente às artes – o futuro Palácio das Artes. Como
conseqüência, o poder público se desfez do teatro em 1941. O novo proprietário,
a empresa Cine Teatral Ltda, transformou o edifício em luxuoso cine-teatro.
Com o sugestivo nome de Cine-teatro Metrópole, em homenagem à capital, foi
inaugurado em 1942 um moderno e confortável espaço, com capacidade para um mil
espectadores. Seu traçado traduziu o sabor de formas simplificadas, seguindo
padrões geométricos e linhas retas, em oposição ao ecletismo do antigo Teatro
Municipal.
Em 1943 o espaço foi vendido a Cinemas e Teatros Minas Gerais e continuou como
importante área de lazer dos belo-horizontinos durante os 40 anos que se
seguiram, com uma programação diversificada de filmes e espetáculos musicais e
teatrais.
O Caso Metrópole -
Com a anistia e a reforma partidária, no processo gradual de abertura política
iniciado a partir de 1979, a oposição chegou ao poder em 10 estados
brasileiros, legitimada pelas eleições para governadores realizadas em 15 de
novembro de 1982.
Tancredo Neves venceu em Minas Gerais pela legenda do PMDB e se firmou como um
dos principais líderes políticos com capacidade de empreender a transição para
a normalidade democrática. No entanto, não só em Minas Gerais como em outros
estados onde venceram as eleições, governadores oposicionistas e setores da
elite que os apoiaram adaptaram-se à estrutura autoritária vigente, pouco se
diferenciando dos governadores do PDS, partido situacionista.
Paralelamente, em 1983 foi intensificado o agravamento da crise socioeconômica
do país, com desdobramentos que acarretaram desemprego, queda no comércio e
fome, até mesmo em regiões mais desenvolvidas. Nesse contexto de grandes
transformações, inseriu-se a luta pela preservação de um dos mais importantes
símbolos culturais de Belo Horizonte – o Cine-teatro Metrópole.
A capital dos anos 80 se transformava em meio à crise vivida pelo país. Os
marcos do passado desapareciam e com eles os referenciais que a caracterizavam,
individualizando-a para seus habitantes. Um dos remanescentes da época áurea do
cinema, o Metrópole conservava a imponência de um templo, responsável por
grandes lançamentos de filmes. Seu estado de conservação atendia às exigências
da demanda moderna, permanecendo como importante referencial arquitetônico e
cultural da cidade.
Em 15 de abril de 1983, o Banco Brasileiro de Descontos – Bradesco – pagou à
Cinemas e Teatros Minas Gerais Cr$ 150 milhões como sinal pela compra do Cine
Metrópole.
A notícia da venda do cinema a um banco teve repercussão imediata. Os
principais jornais noticiaram a transação, ressaltando a importância
histórico-cultural da casa de espetáculos e lamentando a perda de mais um
espaço de lazer na cidade.
Na tentativa de reverter à situação, entidades culturais como a Coordenadoria
de Cultura, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas
Gerais – IEPHA/MG, e a assessoria técnica da Fundação João Pinheiro se
mobilizaram. Ao IEPHA/MG, coube a elaboração de pesquisa
histórico-arquitetônica sobre o cinema, visando à montagem de um dossiê de
tombamento, e ao diretor da assessoria técnica da Fundação João Pinheiro a
redação de um decreto de desapropriação e de utilidade pública, a ser entregue
à Assessoria Técnico-Consultiva do governo do Estado.
Em 22 de abril de 1983, o governador Tancredo Neves determinou a elaboração de
um decreto de utilidade pública, baseado na importância histórico-arquitetônica
do prédio. Apesar de elaborado, o decreto não chegou a ser publicado e nenhuma
explicação foi dada sobre o fato.
Em 27 de abril, a empresa proprietária entrou com pedido de demolição do Cine Metrópole
na Secretaria Municipal de Obras. Seguindo a orientação do IEPHA/MG, a
Secretaria negou a solicitação, aguardando a publicação do decreto
governamental.
Enquanto isso, o cinema funcionava a todo vapor, exibindo aquele que seria o
seu último filme – Tootsie – apresentando grande sucesso de bilheteria. Em
frente ao prédio, estudantes e representantes de várias entidades civis
empunhavam cartazes tentando sensibilizar a população para a iminência de sua
perda. A verdade é que apesar das tentativas destes grupos mais esclarecidos, a
população ficou à margem de todo o processo, muitas vezes sem entender o que
realmente acontecia. Faltava envolvimento? Faltava conscientização? Até então
não existiam trabalhos de educação patrimonial e a perda de elementos culturais
não parecia incomodar a grande maioria da população.
No dia 3 de maio, o Conselho Curador do IEPHA/MG, após exame do processo,
aprovou por unanimidade o tombamento provisório do Metrópole. A decisão recebeu
o apoio de grande parte dos intelectuais da capital. No entanto no dia 17 de
maio, uma manifestação de estudantes em prol do tombamento foi duramente
reprimida pela polícia em frente ao cinema. No dia seguinte às manifestações,
os donos daquele espaço cultural entraram com recurso no IEPHA/MG contra a
decisão do Conselho Curador.
O Conselho curador se reuniu novamente em 26 de maio para examinar questões
relativas ao tombamento do cinema. Após análise dos documentos que continham
pareceres favoráveis à impugnação e a contra-argumentação do IEPHA/MG, o
Conselho votou pela confirmação do tombamento. Em contra partida, no dia
seguinte os proprietários fecharam o cinema.
Surpreendentemente, o Governo do Estado buscando “respaldo técnico que o
subsidiasse na decisão” referente ao assunto, criou em 28 de maio uma Comissão
Especial com o objetivo de examinar o caso. A criação desta comissão formada
por conceituados intelectuais e artistas foi o primeiro grande desrespeito ao
IEPHA/MG e ao próprio instrumento do Tombamento, contrariando toda a legislação
sobre o tema uma vez que o Conselho Curador é a instância máxima nas decisões
sobre o tombamento cabendo, a essa época, a assinatura do decreto de tombamento
ao Governador do Estado. A criação desta Comissão Especial, já nos permitia
antever a posição do Governo sobre o caso.
Ainda em maio, no dia 31, a presidente do IEPHA/MG, Suzy de Mello, enviou
ofício ao governador explicando a decisão do Conselho Curador e propondo que o
tombamento em questão fosse efetivado por decreto. Suzy de Mello pedia apenas
que se respeitasse a legislação e a decisão do Conselho Curador do IEPHA/MG,
ignorando a absurda Comissão Especial.
No mês seguinte, em 10 de junho, ao tomar conhecimento de que poltronas haviam
sido retiradas do cinema, a direção do IEPHA/MG enviou ofício aos donos
lamentando o fato e informando que o órgão estaria atento a qualquer atitude de
desrespeito ao tombamento. Ainda naquele dia, o IEPHA/MG solicitou empenho à
prefeitura para ser evitada a expedição de alvarás que visassem a
descaracterização da edificação ou à sua demolição. Três dias depois,
constatou-se novamente ação de desrespeito da proprietária, que iniciara a
destruição do interior do cinema. Diante disso, o IEPHA/MG solicitou
providências ao governo e à Procuradoria Geral do Estado. Á Empresa Cinemas e
Teatros Minas Gerais foi enviado novo ofício pedindo a paralisação imediata das
obras e comunicando as penalidades a que estaria sujeita pelo desrespeito à
proteção legal.
Porém, as tentativas do órgão de paralisar a demolição não surtiram efeito.
Nenhuma atitude foi tomada pelo governo para impedir o desrespeito à legislação
de proteção do patrimônio cultural ou mesmo para facilitar a visita do IEPHA/MG
ao prédio. Em 13 de julho a presidente do IEPHA/MG elaborou ofício sugerindo o
não-tombamento do cinema devido às descaracterizações que sofrera, atrelando a
resolução à aplicação de penalidades à empresa proprietária e a criação de um
cine teatro no novo prédio a ser construído. No mesmo dia, através de outro
ofício, pediu demissão do cargo, alegando compromissos particulares.
Justificando que não havia mais motivo para o tombamento, Suzy de Mello acabou
por decidir o destino do Cine Metrópole e finalizando sua carreira como
presidente do IEPHA/MG. O tombamento poderia ter sido mantido mesmo estando o
prédio descaracterizado. Havendo empenho do Governo, soluções poderiam ser
encontradas para a gestão do bem cultural em parceria com os proprietários. Por
outro lado, a própria Presidente do IEPHA/MG desrespeitou Conselho Curador
quando não lhe apresentou sua posição. A Comissão Especial que em suas várias
reuniões não conseguiu assumir uma posição com relação ao caso, agradeceu com
alívio o ofício da conceituada presidente do IEPHA/MG.
Em 21 de julho de 1983, a Comissão Especial criada pelo governo em total
desrespeito às decisões do Conselho Curador, subscreveu totalmente as
ponderações e recomendações do ofício da Presidente do IEPHA/MG, encaminhando o
documento ao governador. Um mês depois da decisão da Comissão Especial, em 23
de agosto, o Governador em despacho deixou de tombar o Cine Metrópole. Saiu-se
muito bem da história, uma vez que balizava sua decisão nas sugestões da
conceituada Presidente do IEPHA/MG e dos membros da Comissão Especial:
“O Governo do Estado de Minas Gerais, tendo em vista a conclusão a que chegou a
Comissão constituída em 28 de maio de 1983, bem como o relatório da Presidente
do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico - IEPHA/MG e da
Assessoria Técnica-Consultiva do Governador do Estado, com base no parágrafo
único do artigo 5º do Estatuto baixado com o Decreto n.º 14.374, de 10 de março
de 1972, deixa de determinar o tombamento do prédio do Cine Metrópole, nesta
capital.”(Despacho do governador Tancredo de Almeida Neves, 23 ago. 1983)
As punições sugeridas no oficio da presidente do IEPHA/MG não foram aplicadas
aos donos. Claro, como se poderia punir alguém por destruir um bem considerado
legalmente “sem importância” para a cidade? Um bem destombado.
Após este desfecho, a Cinemas e Teatros Minas Gerais, em 29 de agosto entrou com
novo pedido de alvará para demolição do Metrópole na prefeitura. As obras de
demolição iniciaram em 5 de setembro ainda sem a autorização da licença
expedida apenas em 23 de dezembro.
Com a demolição já em estado avançado, em 6 de outubro foi realizado em frente
ao antigo Cine Metrópole, na praça Professor Alberto Deodato, um ato contra a
destruição do prédio, organizado por várias entidades. Ironicamente, o Bradesco
concluíra a compra do terreno, estabelecendo o prazo de 45 dias para que a
ex-proprietária entregasse o terreno, livre e desembaraçado.
Em 1º de agosto de 1985, transcorridos quase dois anos do fim do Metrópole, o
projeto do edifício-sede do Bradesco obteve a aprovação inicial e alvará de
construção. A obra se arrastou por vários anos, recebendo a baixa de construção
e o habite-se em 9 de abril de 1991.
Durante o ano de 1983, em que o Cine Metrópole simbolizou o destino de Belo
Horizonte, seus defensores participaram ativamente em prol de sua preservação.
Para muitos belo-horizontinos, a sua destruição significou o início de uma
longa reflexão sobre o patrimônio de sua cidade e as ações que deveriam ser
empreendidas em sua defesa.
O caso Metrópole, uma das mais emblemáticas derrotas dos preservacionistas em
Minas Gerais, mostrou a fragilidade das instituições e a necessidade de
expandir a discussão para todos os segmentos da sociedade. Somente a
representatividade, a conscientização e o envolvimento das comunidades podem
fazer frente à ganância, o poder e prepotência dos especuladores imobiliários.
O tombamento ainda é um dos grandes instrumentos na defesa do patrimônio
cultural, mas é apenas o começo da proteção e da responsabilidade compartilhada
entre a sociedade, governo e proprietários. Preservar implica em cuidar,
revitalizar, dar novo uso compatível com as características do bem cultural.
Quis o destino que a consciência da cidade para valorização de seu acervo
cultural fosse tocada pela destruição de um cinema chamado Metrópole. Ponto de
encontro de várias gerações, o cinema que tantos divertiu nas décadas de 40 a
80, perdeu-se na vertigem do tempo e do progresso descaracterizador.
No entanto, o Cine Metrópole persiste na memória dos que o defenderam ou que
apenas assistiram passivamente à sua destruição, permanecendo vivo para
história da capital como um exemplo, um marco, um alerta para o futuro.
CRONOLOGIA DO CINE
METRÓPOLE
1906 – Início da construção do Teatro Municipal, pela
prefeitura de Belo Horizonte.
1909 - Inaugurado em 1909 reverenciaram as aspirações da
arquitetura ao gosto do ecletismo.
1939 –
Início da reforma do Teatro ao gosto Art-Déco.
1941
07/08 – Aquisição do Teatro pela empresa
Cine-Teatro Ltda.
17/11 – Aprovação do projeto de reforma do
Teatro adaptado para cinema.
1942
07/05 – Inauguração do Cine Teatro Metrópole
com o filme “Tudo isto e o céu também”.
1943
11/10 – Aquisição do cinema pela empresa
Cinemas e Teatros Minas Gerais S.A.
1983
15/04 – Pagamento do sinal pelo Bradesco à
empresa Cinemas e Teatros Minas Gerais S.A.
relativo à compra do Cine Metrópole.
22/04 Reunião na Associação Mineira de
Imprensa – AMI para discutir a situação do Cine
Metrópole.
27/04 – A empresa Cinema e Teatros Minas
Gerais entra com o pedido de demolição do cinema
na Prefeitura de Belo Horizonte.
29/04 - Convocação do Conselho Curador do
IEPHA/MG para deliberar sobre o tombamento do
Cinema.
02/05 – Divulgação da “Carta Manifesto de
Belo Horizonte” pelo tombamento do Cinema.
03/05 – Reunião do Conselho Curador aprovando
o tombamento do Cinema.
17/05 – Ato cultural de vigília em frente ao
Cine Metrópole pelo tombamento e manutenção da
carteira de cinema – Reprimido pela polícia.
18/05 – apresentação da impugnação ao
tombamento pela empresa Cinemas e Teatros Minas
Gerais S.A., contendo pareceres dos arquitetos Múcio Bonaparte
Guimarães, José
Carlos Laender e Henrique Osvaldo Campos.
20/05 – Convocação dos Conselheiros efetivos
do IEPHA/MG para a homologação do
tombamento.
26/05 – Confirmação do tombamento do cinema.
27/05 – A empresa Cinemas e Teatros Minas
Gerais fecha o cinema.
28/05 – Criação da Comissão Especial para
examinar a situação do Cine Metrópole.
01/06 – Primeira reunião do Comissão
Especial.
08/06 – Retirada das poltronas.
13/06 – O deputado Ma\res Guia constata a
destruição interna do cinema. Comissão do
IEPHA/MG ao governador solicitando providências com ralação à demolição
interna.
15/06 – O IAB entrega ao governador Tancredo
Neves documento assinado por 24 entidades
Em favor da preservação do cinema.
24/06 – Carta aberta à população divulgada
pelo IAB e outras 23 entidades.
30/06 – Técnicos do IEPHA/MG são impedidos de
vistoriar o cinema.
06/07 – A empresa proprietária nega a vistoria ao IEPHA/MG.
13/07 – Suzy P. de Mello, presidente do
IEPHA/MG aconselha o não tombamento do cinema
devido à descaracterização interna do mesmo. No mesmo dia pede demissão
do Cargo.
21/07 – A Comissão Especial criada pelo
Governador aprova a proposta de Suzy de Mello
indicando o não tombamento do Cinema.
23/08 – Despacho do governador deixando de
determinar o tombamento.
29/08 – A empresa Cinemas e Teatros Minas
Gerais S. A. entra com o pedido de Alvará de
demolição do Cinema na prefeitura Municipal.
05/09 – A Prefeitura Municipal autoriza a
expedição da licença para a demolição do cinema.
07/09 – Início da demolição do Cine
Metrópole.
06/10 – Vigília pelo Cine Metrópole na Praça
Alberto Deodato. Conclusão da venda do Cinema
ao Bradesco.
23/10 – Expedida a licença de demolição pela
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.
1985
01/08 – aprovação do projeto do edifício do Bradesco.
1987
29/06 – Descoberta no terreno do Cinema uma
urna com moedas e jornais datados de junho de
1906, relatando o lançamento da pedra fundamental do antigo Teatro
Municipal.
04/08 – Manifestação pela construção do
Teatro Bradesco.
1991
09/04 - Concedido ao Bradesco o “habite-se” e
a baixa de construção do novo prédio.
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