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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

EM DEFESA DA ALDEIA MARACANÃ

EM DEFESA DA ALDEIA MARACANÃ


Não há uma motivação coerente para se querer a destruição de um prédio com tanta história e ainda um espaço vivo para os grupos indígenas. Falta respeito pela arquitetura tradicional nos empreendimentos modernos que acham que não são conciliáveis. Um bom projeto urbanístico é aquele que sabe respeitar o patrimônio cultural conciliando às novas técnicas e novas propostas arquitetônicas. Estacionamento? estabelecimentos comerciais? já existem tantos e ainda há lugares para se construir isso. Respeitem o patrimônio cultural ! Essa atitude já seria um absurdo em qualquer cidade interiorana maior absurdo numa cidade recentemente elevada a "Paisagem cultural Mundial".


Entrevista feita hoje a tarde (dia 14/01/2013) com o Juiz João Batista Damasceno

"O Juiz João Batista Damasceno da Associação Juízes para a Democracia ( AJD) se reuniu com outros juízes em solidariedade a Aldeia Maracanã e para que encontrem caminhos jurídicos que viabilizem a permanência da comunidade indígena que se encontra na Aldeia Maracanã.

Segundo o Juiz, existe o documento do prédio (de 1875) da Aldeia Maracanã que está no 11º RGI (Registro Geral de Imóveis).

Ele atesta que o prédio foi adquirido pelo Duque de Saxe , que é genro de D. Pedro II e doado ao império para estudo das sementes nativas e dos povos que a manipulavam. O prédio foi empregado a partir de 1910 no Serviço de Proteção aos índios (SPI) e 1953 foi instalado o Museu do Índio até 1978.

O juiz acrescenta que neste prédio trabalharam Marechal Rondon, Darcy Ribeiro, Irmão Villas Boas e toda uma geração de antropólogos e que nos últimos 6 anos ele vem sendo ocupado por índios de diversas etnias em sua passagem pela cidade."


PARA O SENHOR PREFEITO

Os índios o desejam e ele pode ser restaurado, revitalizado e incorporado ao novo contexto. Isso só engrandecerá o nosso país e a cidade do Rio de Janeiro e seus governantes. Daremos exemplo ao mundo de que é possível a convivência do passado com a modernidade. Afinal de contas passado não é inimigo do "moderno". E o que há de moderno só existe porque tem uma história, uma evolução de séculos para se chegar ao que existe hoje. Senhor Prefeito,pense em seus filhos e netos... Pense no que se perderá com a queda deste prédio cheio de histórias e que tanto "fala" ao povo do Rio de Janeiro e aos nossos índios.Não esqueça senhor Prefeito que sua cidade é uma das mais bonitas do mundo e ficará ainda mais bonita se tiver memória, se respeitar a sua história. Encoste a mão nas paredes do prédio... Ouça o que ele tem a lhe falar... Sinta as alegrias, as tristezas... A voz dos que não estão mais lá... Mas ouça principalmente os que hoje lutam pela sua preservação. Olha, as coisas falam. Basta ouvir, sentir e pensar.

MAIS INFORMAÇÕES:

http://resistenciaindigenacontinental.blogspot.com.br/2012/11/sos-aldeia-maracana-e-antigo-museu-do.html



http://ponto.outraspalavras.net/2013/01/16/por-que-a-aldeia-maracana-resiste/



ABAIXO-ASSINADO EM DEFESA DO PRÉDIO DA ALDEIA MARACANÃ

ENTRE NO SITE DEFENDER:

http://www.defender.org.br/abaixo-assinado-o-brasil-quer-salvar-o-museu-do-indio-do-brasil/


Queixa à OEA
Segundo o defensor público André Ordarcgy adiantou ao Jornal do Brasil, o objetivo de levar o caso à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da OEA é colocar o Brasil e o Estado do Rio como causadores dos danos à comunidade indígena e ao patrimônio histórico, cultural e arquitetônico no Rio de Janeiro.
"O antigo Museu do Índio não atrapalha a livre circulação de pessoas e o seu valor histórico, cultural e arquitetônico já foi comprovado. Ainda assim, o estado insiste em demolir o prédio e retirar a comunidade indígena que ali se encontra. Queremos que a Comissão nos conceda uma liminar para impedir que o estado retire as pessoas", destacou o defensor.
De acordo com ele, o Brasil é signatário da Convenção Interamericana e deve obediência às decisões da Comissão. "Até agora todos os outros meios falharam. Tentamos um acordo extrajudicial com o estado, mas ele nem se reuniu com a DPU. Oficiamos por escrito para o estado, que nunca respondeu. Isso demonstra que o estado não quer negociar. Em segundo lugar, a tentativa judicial de impedir a demolição no local foi eliminada, uma vez que duas liminares concedidas pela Justiça Federal foram suspensas", explicou Ordarcgy.
Fonte:
http://www.jb.com.br/rio/noticias/2013/01/14/aldeia-maracana-dpu-levara-caso-a-comissao-de-direitos-humanos-da-oea/






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