PROTEUS EDUCAÇÃO PATRIMONIAL 22 ANOS

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terça-feira, 2 de julho de 2019

PATRIMÔNIO CULTURAL - CHOVENDO NO MOLHADO

PATRIMÔNIO CULTURAL - CHOVENDO NO MOLHADO:

É necessário pensar a proteção do patrimônio cultural, não como um objetivo em si mesmo, mas como uma prioridade de sobrevivência e continuidade de um povo.
E isso tem que ser decidido não por um grupo de "iluminados" detentores de diplomas e títulos.
E sim pelo povo...Pelas várias comunidades produtoras de culturas e seus produtos: os bens culturais - materiais e imateriais.
O reconhecimento legal a um bem cultural não é garantia de sua continuidade.
Somente a legitimação deste bem cultural pelo seu grupo criador/recriador é que realmente o fará continuar pela eternidade possível.
Somente o seu reconhecimento, utilização, recriação, lhe dará o devido respeito e legitimidade enquanto objeto de lembrar e depositário da identidade de uma comunidade... Caixa de sua memória e autoestima.
Por isso repito: não adianta declarar um bem como patrimônio legal de um povo sem a devida concordância, participação e colaboração deste povo.
Não adianta tombar/Registrar um bem cultural se não houver um comprometimento compartilhado do órgão tombador e das comunidades envolvidas, em seu cuidado diário, em sua conservação, utilização, recriação, promoção e divulgação...
Enfim: Educação Patrimonial constante, permanente desde o início do processo de proteção e para todo o sempre.
                                                                     Carlos Henrique Rangel.

OBS.: Muitas vezes...E são muitas essas vezes, o bem é protegido legalmente sem qualquer envolvimento da comunidade que nem se quer foi consultada ou convidada a ajudar nos trabalhos de inventário, tombamento, restauração, revitalização e, o maior absurdo: nos processos de Registro do Imaterial.
Ainda hoje - claro que com algumas exceções - os órgãos de preservação são avessos a contato com as comunidades ao realizarem trabalhos técnicos.
Muitos dos problemas que tiveram e tem são em função deste distanciamento, falta de informação e esclarecimentos sobre os processos e suas diretrizes para intervenções em área tombada ou de entorno e as implicações destas restrições.
Esse "medo" de gente está sendo vencido aos poucos, mas ainda existe.

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