PROTEUS EDUCAÇÃO PATRIMONIAL 22 ANOS

PROTEUS EDUCAÇÃO PATRIMONIAL 22 ANOS

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

PENSANDO O PATRIMÔNIO CULTURAL

PENSANDO O PATRIMÔNIO CULTURAL

A preservação do patrimônio cultural, sempre foi a luta desesperada do ser humano em se fazer lembrar e se lembrar.
Os bens eleitos como culturais nos vários momentos históricos, são suportes da memória, do que se quer preservar e lembrar.
São poderosos ressuscitadores do que foi ou do que se imagina que foi.
Despertadores/receptáculos de glórias reais e imaginárias criadas ou recriadas ao longo de séculos.
Os bens culturais permitem leituras diversas como são diversos os seres humanos que os vivenciam.
Mas podem falar essencialmente de forma semelhante  ou parecida às memórias diversas.
Podem ser reconhecidos e apropriados por esses grupos diversos com sentidos parecidos mas diferentes.
A necessidade de sobreviver e permanecer faz com que o ser humano atribua valores aos bens culturais materiais e imateriais de forma individual e coletiva. Sempre nessa ordem:
- Individual, por que somos indivíduos únicos com memórias e vivências próprias.
- Coletiva, por que somos ao mesmo tempo seres plurais e vivemos em grupos com crenças, objetivos, gestos, maneiras e códigos geralmente em comum ou parecidos.
Cabe ao ser humano individual e coletivamente a atribuição dos valores.
Cabe ao ser humano a tarefa de transformar uma pedra “na Pedra”, uma casa “na Casa”, uma praça “na Praça”, uma festa “na Festa”.
Essa incrível capacidade de valorar, de qualificar, de dar sentido às coisas – materiais e imateriais – não é e nunca foi gratuita.
O ser humano precisa de valores e de atribuir valores às coisas para continuar no mundo.
Para continuar vivendo em grupo. Para lembrar de quem foi, é e será. 
É necessário se acreditar eterno no que pode durar além da vida humana, além da memória humana.
Memórias genéticas, memórias incrustadas em objetos: Casarões, quadros, objetos ritualísticos, templos, rituais, modos de ser e fazer.
Mesmo que sejam memórias relidas, idealizadas, deturpadas, modificadas, inovadas. Ainda assim, memórias que fortalecem a autoestima de um indivíduo e de um grupo.
A continuidade de um grupo e de um indivíduo enquanto parte de um grupo pode depender de um simples objeto ou rito.
A preservação do patrimônio cultural sempre foi a luta desesperada do ser humano em se fazer lembrar e se lembrar. Mesmo que os receptáculos desta memória sejam finitos.
“Mas que sejam eternos enquanto durem”.
E cabe ao ser humano e só a ele fazer com durem.
(Carlos Henrique Rangel).


SINTESE CURRICULAR
Carlos Henrique Rangel
Contratado como Historiador em 02 de maio de 1984 para o Setor de Pesquisa do IEPHA/MG.
- Chefe do Setor de Pesquisa no período de 1989 a 1992.
- Chefe do Setor de Proteção de junho de 1993 a dezembro de 1993.
- Superintendente de Proteção a partir de janeiro de 1994 a 1999.
- Superintendente de Desenvolvimento e Promoção de 2004 a 2007.
- Diretor de Promoção de 2007 a 2010.
Carlos Henrique Rangel é um dos pioneiros em três programas do IEPHA/MG:
 Programa: IPAC – Inventário de Proteção ao Acervo Cultural do Estado de Minas Gerais – Iniciado em 1984. Trabalhou nos inventários dos municípios de São Francisco, São João das Missões, Itacarambi, Montes Claros, Itabira, Rio Pomba e Uberaba.
- Programa: Educação Patrimonial – Projeto Educação, Memória e Patrimônio – Realizado em 1994 nos municípios de Belo Horizonte e Sabará.
- Programa: ICMS Patrimônio Cultural criado em 1995 e ainda hoje atuante.
Sob seu comando foi organizado o ICMS Patrimônio Cultural em 1995 do qual se responsabilizou até o ano de 1999.
Em 2004 retomou o comando deste importante Programa Estadual comandando-o oficialmente até 31 de dezembro de 2010.
Foi conselheiro do CONEP - Conselho Estadual do Patrimônio Cultural - por três mandatos - de 2007 a 2009 a 2011 e 2017 a 2019.
Em 13 de dezembro de 2010 foi homenageado pelo 12ª Premiação de Arquitetura do IAB – Instituto de Arquitetos do Brasil – MG como servidor do IEPHA-MG, incansável na luta pela preservação do Patrimônio Cultural Estadual.
Atualmente encontra-se aposentado do IEPHA/MG Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais.
Ministra cursos e palestras sobre Patrimônio Cultural e Educação Patrimonial.


Nenhum comentário:

Postar um comentário