PROTEUS EDUCAÇÃO PATRIMONIAL 22 ANOS

PROTEUS EDUCAÇÃO PATRIMONIAL 22 ANOS

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL - EM OBRAS DE RESTAURO

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL ATRAVÉS DAS OBRAS DE RESTAURAÇÃO


A Contratada deverá promover trabalhos de educação patrimonial durante as obras de restauração objeto deste contrato com os seguintes parâmetros:

I – PÚBLICO ALVO
- Operários da empresa contratada e suas subcontratadas
- Moradores locais
- Membros do conselho de cultura local
- Estudantes das escolas de nível médio e fundamental
- Estudantes de terceiro grau de áreas relacionadas com o patrimônio cultural – História, Belas Artes, Educação Artística, Arquitetura e Turismo

II – OBJETIVOS
Informar aos operários e público em geral sobre a história do bem e a importância de sua preservação através das obras de restauração e da conservação preventiva instruindo para o uso consciente.
Propiciar a oportunidade da comunidade local, de acompanhar e vivenciar os trabalhos de restauração, ainda em andamento.

III – PLANO DE AÇÃO
- Palestra no início da obra com a equipe de trabalho: mestres de obras, oficiais e ajudantes para sensibilizar sobre a relevância do bem e de seus elementos construtivos de forma a conscientizar sobre a importância do uso adequado das técnicas tradicionais, etc.
- Visitas guiadas com grupos de no máximo x1 pessoas, dirigidas por um Gestor de Educação Patrimonial (ou grupo gestor para obras de grandes proporções – coordenador e monitores: estudantes de arquitetura /história /belas artes) devidamente preparado (s) para conduzir os visitantes pelo canteiro de obras de modo a informar aos visitantes sobre a importância histórica/artística do bem em processo de restauração, os trabalhos a serem realizados, os conceitos teóricos que nortearam o projeto, as técnicas empregadas e as formas de conservação e manutenção que devem ser adotas para a preservação do bem.
- Fornecimento de equipamento de proteção e segurança para todos os elementos do grupo gestor e para todos os visitantes de forma a evitar qualquer acidente no percurso.
- Agendamento do gestor com a equipe de obra para conciliação das visitas com os trabalhos em execução. Trabalhos que ofereçam risco devem ser momentaneamente interrompidos durante a presença do grupo visitante. Trabalhos que não ofereçam risco podem ser executados desde que o espaço seja previamente protegido por faixa de isolamento que ofereça o devido afastamento de segurança.
- Quando houver monitores será desenvolvida uma oficina de treinamento, que tratará sobre o Patrimônio Cultural, o bem em restauração e as obras em andamento, além de temas básicos.
- Deverá ser montado um calendário de visitação e para tal os grupos deverão agendar as visitas com antecedência.  Serão realizadas visitas quinzenais¹ (com dia a ser fixado) com grupos de até x1 pessoas: uma no período da manhã (9:30h às 11:30h)[2] e outra no período da tarde (14:30h às 16:30h)². As visitas se encerrarão em xxx[3], para quando está previsto o término das obras de restauração.
- Elaboração, confecção e distribuição aos visitantes e comunidade local de folder explicativo da obra de restauração
- Montagem de painéis com fotos e legendas mostrando as etapas já executadas de forma que no final da obra possa ser compreendido através das fotos o estado do bem antes de iniciar os trabalhos, todo o processo pelo qual o bem passou durante as obras e o resultado final.



IV – DIVULGAÇÃO

Para formação dos grupos visitantes, o trabalho deverá ser divulgado pela contatada nas escolas (principalmente da rede pública), nos conselhos de patrimônio do município, na paróquia local e outros meios e mídias possíveis no local.
A contratada deverá disponibilizar telefone de contato e endereço eletrônico de maneira a formar os grupos visitantes ou em comunidades menores e mais carentes criar listas de adesão no próprio canteiro da obra, ou junto ao Conselho de patrimônio, ou Paróquia local, etc.

V - Palestras / Oficina de Treinamento dos Monitores

As palestras e oficinas de treinamento dos monitores devem ser coordenadas pelo educador contratado e deverão contemplar os seguintes aspectos:
·         Conceito de bem cultural e seus desdobramentos, conceito de patrimônio, conceito de patrimônio cultural.
·         Identidade e memória do patrimônio cultural e sua importância na formação da sociedade.
·         Conceito de Educação Patrimonial, conceito de cidadania, a interface entre as duas questões.
·         Patrimônio cultural edificado, patrimônio urbanístico, patrimônio documental, patrimônio natural.
·         Tipos de acervos culturais e as legislações em vigor.
·         História do conjunto arquitetônico e/ou paisagístico do bem, seus acervos artísticos e artistas que lá trabalharam.
·         Técnicas construtivas tradicionais encontradas no imóvel em restauração.
·         Técnicas artísticas usadas no bem integrado ou obra de arte em restauração
·         A restauração do imóvel, seus acervos artísticos. Obras em andamento e as teorias que as parametrizam[4].
·         Elucidação de dúvidas e encerramento



VI – ACOMPANHAMENTO DOS TRABALHOS
Os trabalhos deverão ser documentados com apresentação de relatórios mensais[5] constando de lista de presença assinada por todos os visitantes separados por grupos, fotos da realização das visitas datadas e legendadas e síntese dos trabalhos visitados por cada grupo.

VII – NOTA GERAL
- Deverá ser apresentado ao IEPHA projeto formatado e detalhado de todos os itens a serem desenvolvidos no trabalho de educação patrimonial através desta obra de restauração para prévia aprovação. Somente após a aprovação do IEPHA o trabalho poderá ter início junto ao público alvo.
- O profissional que desenvolverá os trabalhos deverá apresentar diploma de 3º grau e atestado comprobatório de realização de trabalhos de educação patrimonial emitido por escolas, prefeituras ou órgãos de preservação das esferas públicas, ou apresentar diploma de especialização, ou mestrado, ou doutorado na área de educação.


Belo Horizonte, 21 de julho de 2009



[1] A periodicidade das visitas e o número de visitantes dependerá do prazo e da complexidade da obra

[2] O horário da visitação poderá sofrer alterações a depender da programação aprovada pelo IEPHA
[3] Definir a data da última visita técnica após a conclusão de todos os serviços
[4] Deverá ser consultado o arquiteto responsável  pelo projeto
[5] Periodicidade a depender da duração da obra

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