PROTEUS EDUCAÇÃO PATRIMONIAL 22 ANOS

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sábado, 28 de dezembro de 2024

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: TEXTOS - PASTICHE OU A ETERNIDADE POSSÍVEL

 

PASTICHE OU A ETERNIDADE POSSÍVEL:

Não é um retorno...

É um novo começo com aparência do antigo.

Uma reconstrução.

Nunca uma restauração.

Se faz bem ao ser humano fazendo-o lembrar... Que seja.

Essa é a premissa: A exaltação da autoestima.

Do sentir-se bem em si e em sua terra, seu mundo e seu grupo.

Mas cada caso sempre é um caso.

Nada retorna nessa existência.

Não pisamos no mesmo rio duas vezes.

Nem o rio é o mesmo e nem mesmo nós o somos.

Mas reconheçamos a tentativa de eternidade no efêmero.

Da continuidade do que se foi com a nova carinha velhinha em folha.

É essa a eternidade possível.

Não há volta...

Apenas a tentativa de volta, que, em alguns casos, se torna uma paródia ridícula do que foi.

A vida é dinâmica por mais que a queiramos controlar usando nossos cabrestos possíveis.

Que o que tem que durar, dure o tempo em que for querido e desejado.

Enquanto falar aos seus vivenciadores do presente como um presente do passado, sendo também um acumulador de novas memórias, novas histórias e novas vivências.

Façamos que esse durar seja longo, amplificando sua voz para que outros possam ouvi-lo.

"Apesar de tudo o que fizemos", "o novo sempre vem".

Mas que seja um novo melhor e para o melhor, respeitando o que ficou.

 

  *Carlos Henrique Rangel.      

 

ANTES

Antes de pensarmos em reconstruir, pensemos em preservar, conservar, manter, utilizar, revitalizar.

Antes de lamentarmos as perdas, evitemos as perdas.

Tentemos entender o que levou à perda.

Sim... Há razões óbvias: Guerras, catástrofes naturais, decadência econômica.

Mas há também a desconexão entre a população e o bem devido à alienação da população com relação aos bens culturais, à ganância dos poderosos, à mudança de valores culturais.

Há também o enfraquecimento das instituições de proteção com suas inevitáveis e acomodadas hipocrisias preservacionistas e suas cegueiras elitistas, administrativas e preventivas.

Então, antes de pensarmos em reconstruir devemos focar nossas atenções nas soluções do que pode ter solução, investindo na Educação, na promoção, na prevenção, reutilização e fiscalização.

                                                                                 *Carlos Henrique Rangel.

 

 

 

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