PASTICHE OU A ETERNIDADE POSSÍVEL:
Não é
um retorno...
É um
novo começo com aparência do antigo.
Uma
reconstrução.
Nunca
uma restauração.
Se faz
bem ao ser humano fazendo-o lembrar... Que seja.
Essa é
a premissa: A exaltação da autoestima.
Do
sentir-se bem em si e em sua terra, seu mundo e seu grupo.
Mas
cada caso sempre é um caso.
Nada
retorna nessa existência.
Não
pisamos no mesmo rio duas vezes.
Nem o
rio é o mesmo e nem mesmo nós o somos.
Mas
reconheçamos a tentativa de eternidade no efêmero.
Da
continuidade do que se foi com a nova carinha velhinha em folha.
É essa
a eternidade possível.
Não há
volta...
Apenas
a tentativa de volta, que, em alguns casos, se torna uma paródia ridícula do
que foi.
A vida
é dinâmica por mais que a queiramos controlar usando nossos cabrestos
possíveis.
Que o
que tem que durar, dure o tempo em que for querido e desejado.
Enquanto
falar aos seus vivenciadores do presente como um presente do passado, sendo também
um acumulador de novas memórias, novas histórias e novas vivências.
Façamos
que esse durar seja longo, amplificando sua voz para que outros possam ouvi-lo.
"Apesar
de tudo o que fizemos", "o novo sempre vem".
Mas que
seja um novo melhor e para o melhor, respeitando o que ficou.
*Carlos Henrique Rangel.
ANTES
Antes de pensarmos em reconstruir, pensemos em preservar,
conservar, manter, utilizar, revitalizar.
Antes de lamentarmos as perdas, evitemos as perdas.
Tentemos entender o que levou à perda.
Sim... Há razões óbvias: Guerras, catástrofes naturais,
decadência econômica.
Mas há também a desconexão entre a população e o bem
devido à alienação da população com relação aos bens culturais, à ganância dos
poderosos, à mudança de valores culturais.
Há também o enfraquecimento das instituições de proteção
com suas inevitáveis e acomodadas hipocrisias preservacionistas e suas
cegueiras elitistas, administrativas e preventivas.
Então, antes de pensarmos em reconstruir devemos focar
nossas atenções nas soluções do que pode ter solução, investindo na Educação,
na promoção, na prevenção, reutilização e fiscalização.
*Carlos
Henrique Rangel.
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