PROTEUS EDUCAÇÃO PATRIMONIAL 22 ANOS

PROTEUS EDUCAÇÃO PATRIMONIAL 22 ANOS

quinta-feira, 30 de abril de 2020

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL EM TEMPO DE CRISE


EDUCAÇÃO PATRIMONIAL EM TEMPO DE CRISE

A crise viral veio acelerar as mudanças na Educação e trazer à luz as contradições e diferenças do nosso mundo moderno.
O momento é de repensar os nossos métodos didáticos para a transmissão, troca de ensinamentos e participação.
Pensar em como ampliar a inclusão digital das camadas mais pobres que não possuem computadores ou mesmo celulares e muito menos acesso a internet, para poderem participar da educação à distância e do ensino remoto.
Esses são os desafios para os próximos anos de todos nós que trabalhamos com a educação e sensibilização dos jovens e das comunidades como um todo.

UMA VISÃO SOBRE A EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
O público alvo, objeto de uma ação de Educação Patrimonial não é uma caixa vazia esperando para ser preenchida.
Ele detém conhecimentos sobre si mesmo e sobre o seu mundo e necessita apenas, ser estimulado a ouvir/sentir o que se encontra em seu interior, na essência de sua comunidade e nos espaços e coisas que a permeiam e rodeiam.
As ações de Educação Patrimonial precisam estimular esse conhecimento latente que se encontra no grupo a ser trabalhado, fazendo com que se lembre ou se redescubra nos objetos, lugares, ações, manifestações e recriações, fruto do seu grupo/comunidade/bairro/cidade/nação.
Esses estímulos sensoriais, visuais, auditivos, olfativos, gustativos e sentimentais devem se realizar por meio:
- De atividades e exercícios que provoquem e estimulem no indivíduo, o entendimento de seu ambiente familiar, seu cotidiano e a relação das coisas materiais e imateriais com essa vivência do dia a dia.
- De atividades e ações que possam despertar essa intimidade perdida ou adormecida, entre os bens culturais materiais e imateriais, o indivíduo e sua coletividade.
- De visitas orientadas a lugares e bens culturais de importância coletiva onde o grupo será provocado, por meio de exercícios e atividades, a descobrir/redescobrir, conhecer e se reconhecer no bem cultural.
Conceitos básicos devem ser trabalhados sim, mas não com o intuito de se transformarem em conhecimento de segunda mão, repetidos sem sentido.
Esses conceitos devem ser o alicerce da redescoberta individual e coletiva do conhecimento latente adormecido no consciente e inconsciente desses homens e mulheres envolvidos no projeto de Educação Patrimonial.
Ao final do Projeto de Educação Patrimonial, mudanças ocorrerão tanto no grupo trabalhado como nos instrutores envolvidos e será diferente de indivíduo para indivíduo.
Carlos Henrique Rangel.

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