PROTEUS EDUCAÇÃO PATRIMONIAL 22 ANOS

PROTEUS EDUCAÇÃO PATRIMONIAL 22 ANOS

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

INSTITUIÇÕES E ÓRGÃOS ESTADUAIS DE PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL

 INSTITUIÇÕES E ÓRGÃOS ESTADUAIS DE PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL

1 - ACRE

Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural do Estado do Acre (DPHC).

Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour.

·     Lei Estadual 1.294/99: Protege o patrimônio histórico e cultural do Estado do Acre.


 2 - AMAZONAS

Conselho Estadual de Defesa do Patrimônio Histórico e Artístico do Amazonas (CEDPHA).

Criado pela Lei 1.529/82, e alterado pela Lei 2.661/01, 

3 - BAHIA

Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC).

Fundado em 13 de setembro de 1967, durante o governo de Luiz Viana Filho, através da Lei Nº 2.464, regulamentada pelo Decreto Nº 20. 530 de 03 de janeiro de 1968,

4 - CEARÁ

Coordenadoria de Patrimônio Histórico Cultural (COPAHC).

A lei que criou o Tombamento estadual foi a lei nº 9 109 de 30 de julho de 1968 . Atualmente esta lei foi revista e complementada, agora figurando sob o nº . 13 465 de 05 de maio de 2004 .

5 - DISTRITO FEDERAL

SUPAC e Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Distrito Federal.

Instituído em 1988 e posteriormente extinto, o Condepac-DF foi regulamentado em 2017 pela Lei Orgânica da Cultura (LOC), como órgão vinculado à Secec. A legislação prevê composição paritária entre membros do poder público e da sociedade civil, o que foi obtido com a publicação da Portaria n° 45.

Resolução 01 de 15 de junho de 2022: Aprova o Regimento Interno do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do Distrito Federal.

Portaria n.239 de 31 de outubro de 2022:

Dispõe sobre a composição e funcionamento do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do Distrito Federal - CONDEPAC, e dá outras providências.

6 - ESPÍRITO SANTO

Gerência de Memória e Patrimônio (GMP).

LEI Nº 2.947 de proteção do patrimônio cultural do Espirito Santo de 16 de dezembro de 1974.

Atualizada em 29/08/2022.

DECRETO 626-N, de 28 de fevereiro de 1975 Regulamenta a Lei nº 2.947, de 16 de dezembro de 1974 e da outras providências.

7 - GOIÁS

Superintendência de Preservação de Patrimônio Cultural.

Lei nº 8.915/80. Configuram-se como órgãos responsáveis pela gestão desse patrimônio: a Secretaria de Estado da Cultura (regulamentada pelo Decreto nº) e o Conselho Estadual de Cultura (regulamentado pela Lei nº 13.799/01 e Decreto de 12 de março de 2002).

8 -  MARANHÃO

Superintendência do Patrimônio Cultural (SPC)

Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Paisagístico do Maranhão – DPHAP/MA.

O Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Paisagístico do Maranhão – DPHAP/MA, criado através da Lei nº 5.069 de 11 de julho de 1973 que é responsável pela preservação, conservação, difusão, fiscalização e acompanhamento da área de Centro Histórico da cidade de São Luís e também dos municípios de Alcântara, Carolina, Caxias e Viana, bem como de algumas outras cidades que possuem tombamentos individuais.

9 - MATO GROSSO

Coordenadoria de Patrimônio Cultural.

Em Mato Grosso, a Lei n° 11.323/2021 atribui à Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel) a tarefa de registrar, tombar e zelar pela proteção e vigilância do patrimônio histórico, artístico e cultural do Estado. A unidade da Secel responsável por analisar, implementar e executar essas políticas públicas é a Superintendência de Preservação Patrimônio Histórico e Museológico.

10 - MINAS GERAIS

Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA).

O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico, IEPHA-MG, é uma fundação do Governo de Minas Gerais vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG).

 LEI Nº 5775, DE 30 DE SETEMBRO DE 1971
Autoriza o Poder Executivo a instituir, sob a forma de Fundação, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais - IEPHA/MG e dá outras providências.

11 - PARÁ

Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (DPHAC).

A preservação em nível estadual do patrimônio cultural paraense se iniciou nos anos 1970, com a criação da então Secretaria de Estado de Cultura, Desporto e Turismo (SECDET), pela Lei n° 4589, de 18 de novembro de 1975. A oficialização de um órgão específico para o patrimônio cultural aconteceu nos anos em 20 de dezembro de 1990, com a Lei n° 5.629, que criou o DPHAC e também descreveu os procedimentos legais para a preservação do patrimônio no Pará,

12 - PARAÍBA

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (IPHAEP).

O órgão foi fundado em 31 de março de 1971 pelo Decreto-lei nº 5.255.

13 - PARANÁ

Coordenação do Patrimônio Cultural (CPC).

No âmbito estadual, as primeiras medidas ocorrem com a criação do Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico, em 1948, juntamente com a Divisão de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural, com a Lei Estadual N.º 112 de outubro de 1948.

14 - PERNAMBUCO

Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).

Criada em 17 de julho de 1973, a Fundação visa, além do incentivo à cultura, a preservação dos monumentos históricos e artísticos de Pernambuco. Faz parte da administração indireta do Estado e está vinculada à secretaria de Cultura.

15 - PIAUÍ

Coordenação de Patrimônio Cultural do Piauí (CRC).

LEI Nº 4.515 DE 09 DE NOVEMBRO DE 1992, Dispõe sobre a proteção do Patrimônio Cultural do Estado do Piauí e dá outras providências.

16 -  RIO DE JANEIRO

Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC).

O INEPAC /RJ Iniciou as suas atividades em 15 de julho de 1965.


17 - RIO GRANDE DO NORTE

Fundação José Augusto.

A Fundação José Augusto, criada em 1963, tem papel fundamental na preservação e difusão da cultura potiguar, oferecendo diversas oportunidades para os artistas locais e promovendo a visitação de exposições, mostras e outros eventos artísticos. Neste artigo, vamos destacar a importância da Fundação para a cultura de Natal.


18 -  RIO GRANDE DO SUL

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul (IPHAE).

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado é uma Divisão da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), Criado em 23 de novembro de 1990, o Iphae busca também o fortalecimento da autoestima das comunidades e o desenvolvimento da consciência de suas histórias, mantendo suas identidades e valores culturais.


19 - SANTA CATARINA

Fundação Catarinense de Cultura (FCC).

LEI Nº 17.565, DE 6 DE AGOSTO DE 2018. Consolida as Leis que dispõem sobre o Patrimônio Cultural do Estado de Santa Catarina. Art. 1º Esta Lei tem por objetivo consolidar as Leis que dispõem sobre o Patrimônio Cultural do Estado de Santa Catarina, nos termos da Lei Complementar nº 589, de 18 de janeiro de 2013. Art. 2º Ficam consolidadas, nos termos desta Lei e seus Anexos, a Lei nº 5.476, de 4 de outubro de 1978; Lei nº 5.487, de 9 de outubro de 1978; Lei nº 5.846, de 22 de dezembro de 1980; Lei nº 6.563, de 21 de junho de 1985; Lei Promulgada nº 1.124, de 9 de dezembro de 1991; Lei nº 9.655, de 26 de julho de 1994; Lei nº 11.351, de 17 de janeiro de 2000; e outras.

20 -  SÃO PAULO

Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT).

CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico - foi criado em  22 DE OUTUBRO DE 1968.

FONTE:  Lista de instituições de preservação do patrimônio do Brasil – Wikipédia, a enciclopédia livre consultada em 20 de fevereiro de 2025.

Dados das instituições.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

CINE METRÓPOLE - REVISITANDO A TRAJETÓRIA DE UM ESPAÇO CULTURAL

 CINE METRÓPOLE - REVISITANDO A TRAJETÓRIA DE UM ESPAÇO CULTURAL 

Autor: Carlos Henrique Rangel

Projeto Agenda Metrópole
Para relembrar os dez anos da destruição do Cine Metrópole, em 1993 a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, por meio da Diretoria de Planejamento e Coordenação Cultural dirigida por Eleonora Santa Rosa, criou o projeto Agenda Metrópole.
O projeto visava resgatar toda história do espaço cultural e com isso contribuir para mobilizar e sensibilizar todos os segmentos da sociedade para discutir e repensar a relação com o Patrimônio Cultural local.
Obs.: A iniciativa visando o resgate da história do cine Metrópole e relembrar os dez anos de sua demolição foi de Bernardo Mata Machado e de Gustavo Gazineli, levada à secretaria municipal de Cultura, em 1993, ao José Maria Cançado, então secretário adjunto.
















































quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL - TEXTOS: PATRIMÔNIO CULTURAL E COMUNIDADES

 PATRIMÔNIO CULTURAL E COMUNIDADES:


O que é percebível desde que se fala em proteção do patrimônio cultural, é que sempre é mais fácil para as instituições, fingirem que ouvem as comunidades.

Afinal, dá trabalho ouvir gente e sempre incomoda a quem se acha dono da verdade.

O autoritarismo e a prepotência sempre imperou, mesmo quando o discurso parecia dizer o contrário.

Atitudes individualistas esporádicas também sempre ocorreram, mas eram o que eram: atitudes isoladas que não conseguiam criar escola e se perdiam no grosso dos trabalhos das instituições.

Não estou sendo cruel ou critico demais.

Essa é a verdade.

Basta ver em que deram as tentativas de projetos e programas de educação patrimonial (alguns muito bons) que nunca criaram raízes, sendo substituídos por atividades burocráticas para inglês ver.

Infelizmente, os municípios seguem o mesmo caminho - com raras exceções. 

Isso só vem piorando a medida que o profissionalismo apaixonado vai dando lugar ao profissionalismo carreirista, frio, acomodado  e burocrático que está contaminando  todas as ações das instituições.

*Carlos Henrique Rangel.

PASSA:
Tudo passa.
Eu e você passaremos... Estamos passando como passaram os nossos bisavós e tantos que conhecemos.
Passar é a nossa natureza.
Se passamos nós, porque não passariam as coisas que construímos e criamos?
Passar é a natureza de Tudo.
Tudo muda, se transforma e passa.
Por essa ótica, tentar preservar um bem cultural é uma luta inglória contra a natureza.
Sejamos realistas: Vai passar por mais que nos esforcemos para impedir essa passagem.
Ela acontece lentamente.
Está acontecendo agora.
A mudança, a transformação, está acontecendo nesse instante, em nossos bens culturais, mesmo que imperceptivelmente.
Mas não devemos parar de lutar.
Nosso papel não é deter a mudança e transformação e sim, administra-la, ditando-lhe um ritmo mais lento para que o bem cultural - tão caro à comunidade - permaneça mais tempo ajudando as novas gerações a continuarem o que as gerações que passaram fizeram e deixaram como legado e símbolo de pertencimento
Sim... Vai passar como tudo passa.
Mas que passe lentamente, ficando mais tempo conosco, nos ajudando a passar pela Vida com dignidade e autoestima elevada.
Passageiros que somos todos, enquanto passamos podemos retardar a passagem das coisas do passado, tornando-as atuantes no presente, contribuindo para o cotidiano das comunidades, mantendo ao máximo suas características originais.
Esse é o nosso papel: Administrar respeitosamente essa passagem inevitável
Um bem cultural não é um bem só do passado.
Ele é uma obra aberta que acumula memória e vivência do passado, mas está sempre recebendo novas memórias e vivências. A igreja fala a cada um de uma forma diferente.
Fala do passado da família, mas fala também do passado de cada um.
Nela aconteceram batizados, casamentos, orações de alegrias e de tristezas e o nosso papel é fazer com que ela continue a falar para as gerações futuras.
Temos que ensinar às novas gerações a ouvir o que ela está dizendo.
E ela tem algo especial para cada um de nós.
Todo bem cultural fala.
E fala principalmente de nós mesmos e para nós mesmos.
*Carlos Henrique Rangel.


O SENTIDO DAS COISAS:
Ainda sobre o sentido das coisas.
Somos acumuladores.
Isso nos resume em relação aos outros seres vivos que frequentam esse planeta.
A vida nos trouxe ao mundo sem nada e logo já “somos” de alguém e esse alguém também passa a ser “nosso”.
O tempo - essa caixa sem fundo - guarda nossas coisas invisíveis e enriquece com memórias e sentidos, as coisas visíveis que vamos acumulando.
Acumulamos lembranças e coisas que lembram para no sentirmos parte do mundo.
Para nos sentirmos indivíduos entre indivíduos.
Por mais caras que sejam todas essas coisas que nos falam de nós e dos nossos, elas não partirão conosco.
Ficarão.
As vivências invisíveis nunca ficarão.
São pessoais demais.
E mesmo que a contemos aos nossos continuadores, nunca passaremos a eles o que realmente vivemos.
As coisas tangíveis ficarão
E poderão significar algo ou não para os que ficam.
Algumas ou muitas serão descartadas.
Outras, espalhadas entre nossos descendentes.
Perdidas entre os entes queridos.
Fora do contexto.
No entanto, ganharão novos contextos, novos significados para nos significarem a esses continuadores que nos amavam.
Somos acumuladores porque queremos nos diferenciar.
Sentirmo-nos importantes.
Únicos entre outros seres únicos.
Somos criaturas que se fazem em coisas tangíveis e intangíveis. Individuais e coletivas.
Imóveis e móveis.
E tudo isso nos ajuda a viver entre outros seres que se lembram em coisas.
Na verdade, somos colecionadores de nós mesmos como indivíduos ou como grupo.
Isso nos diferencia em relação aos outros seres, para o bem e para o mal.
Seres Humanos é o que somos.
E basta.
Lembrar é ser... Somos porque lembramos.
E muitas vezes - e são muitas essas vezes - nos lembramos em coisas.
(Carlos Henrique Rangel).
Foto: No Museu Mineiro - Belo Horizonte - diante do seu maravilhoso acervo tão pouco conhecido dos belorizontinos.

SOBRE AS COISAS DE LEMBRAR:
Lidar com patrimônio cultural é lidar com a Vida acontecendo.
É entender, identificar e prestigiar o pertencimento de cada um de nós a um espaço/momento que só existe porque está intimamente ligado ao que passou retratado no que ficou de material e imaterial.
Cada um de nós, consciente ou inconscientemente, está sempre se remetendo a esses resquícios lembradores, para ser no Agora acontecendo.
Há os que intelectualizam essa relação de forma sábia e quase fria.                                                                                             Há os que a romantizam povoando-a de emoções e sentimentos de forma sábia e quente de paixão.
Há também aqueles que a ignoram, mentindo a si mesmos, fingindo uma independência vivencial inexistente.
Mas, nenhum ser humano consegue ser indiferente às "coisas de lembrar".
Seria um suicídio existencial. Somos seres humanos porque lembramos.
O passado toca a todos indiscriminadamente, em maior ou em menor grau.
(Carlos Henrique Rangel).