O
CONSELHO MUNICIPAL DO PATRIMÔNIO CULTURAL
A
HISTÓRIA
Autor:
Carlos Henrique Rangel
João foi o último conselheiro a chegar. Ao redor da mesa já
envolvidos com a papelada estavam o vereador Manuel Costa, representante da
câmara; D. Rita representante da Associação Comercial; o pastor Roberto,
representante das Igrejas; o Secretário de Cultura, Carlos Alberto e o Senhor
Zezinho representante das Comunidades.
João era professor, e
representava a faculdade local no Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de
Nova Esperança, instituição responsável pela preservação e proteção do
patrimônio cultural da cidade.
- Desculpem o pequeno atraso
amigos, mas hoje foi dia de prova. Fui obrigado a ficar até os últimos
minutos... – Disse se sentando à mesa.
- Tudo bem. O atraso não foi tanto
assim. – Falou o Sr Carlos Alberto, presidente do Conselho.
- Bem, como estamos todos
presentes, podemos começar a reunião. O primeiro caso a ser analisado é a
questão da igreja matriz... A importância deste Bem Cultural é inegável mas
devemos analisar esse tombamento com cuidado... – Começou o Sr. Carlos Alberto.
- É, o Padre Vinícius é uma
pessoa muito difícil e qualquer ação nossa tem que ser bem pensada. – Falou o
Pastor Roberto.
- Não vamos levar as coisas para
o lado pessoal. Eu sei que vocês não se dão...- Disse D. Rita.
- Calma gente. A questão tem
que ser resolvida com calma.... – Apartou o Sr. Carlos Alberto.
- Isso mesmo. Temos que analisar e
pensar as nossas ações. Primeiro o fato inegável: a Igreja é importante.
Segundo: Temos como provar que ela é importante? Terceiro, o Padre significa
problema? – Perguntou João.
- Bem, Claro que temos como provar
que a igreja é importante, temos aqui uma ficha de inventário com algumas
informações históricas e a descrição dela. – Disse D. Rita mostrando um ficha
com uma bela foto da Matriz.
- É, e quanto ao Padre, ele vai
ter que aceitar o tombamento querendo ou não. – Falou o Pastor Roberto se
ajeitando na cadeira.
- Gente, as coisas não podem ser
assim. Precisamos de um Dossiê mais elaborado... – Falou o Sr. Zezinho.
- Eu acho que isto não é
necessário. É tão claro o valor da igreja que não vejo necessidade.- exclamou o
Vereador Manuel.
O Presidente do Conselho pegou a
garrafa de café que se encontrava ao centro da mesa e encheu uma pequena
xícara.
- Temos que resolver estas
questões. Vamos por em votação se devemos ou não produzir um dossiê com mais
informações sobre a Igreja. Vamos votar. – Disse com voz impostada o
Presidente:
1- Tombar a Igreja Matriz com base na ficha de Inventário.
2- Montar um dossiê de tombamento para
embasar a decisão do Conselho.
http://proteuseducacaopatrimonial.blogspot.com.br/2017/05/2-montar-um-dossie-de-tombamento-para.html
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