O domingo era dia de ócio e de missa.
Os jovens se reuniam no clube da cidade ou nos bares ao redor da praça. A
tardinha os adultos saiam com as crianças para passearem ou verem alguma
apresentação de andarilhos palhaços. A noite era sagrada, todos iam a missa.
Naquele dia a igreja estava lotada. Parecia mais uma calma missa com cânticos
muito bem dirigida pelo Padre. Este
entrou com ar solene e depois de passar os olhos por toda a multidão começou:
- Senhoras e
senhores, amigos fieis... Hoje tenho uma triste notícia para lhes dar.
Disse abaixando a cabeça. A multidão de
fieis não entendeu aquele inicio de missa e o murmúrio foi geral. O Padre
esperou que os ânimos serenassem para poder continuar.
- Há
Alguns dias recebi uma triste notícia...
Uma ofensa a todos nós... Esta pode ser a nossa última missa na igreja...
-
Por quê? - gritou um fiel da primeira
fila. O padre não olhou para a direção do interlocutor. Olhou com tristeza para
todos os cantos da igreja...
-
Nossa Igreja vai ser fechada.
-
O quê?
- Como?
– Gritaram outras vozes.
- Isto
mesmo, nossa igreja foi tombada pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural
e pode ser fechada. Nunca mais poderemos rezar missa aqui.
- Isso
é um absurdo! – Gritou alguém mais perto de dona Rita encarando-a. Ela, como
todos os outros membros do Conselho estavam boquiabertos com o que acabavam de
ouvir.
Demorou
alguns segundos para que o Sr. Carlos Alberto se recuperasse daquela loucura.
Tentou falar mas o tumulto era grande e hostilidade a seu redor, maior. Alguns
membros do Conselho abandonaram a igreja assustados e Carlos Alberto achou por
bem fazer o mesmo.
Encontraram-se
todos no centro da praça e dali partiram para a sede do Conselho.
-
Meu Deus, que loucura foi aquela que assistimos? – Perguntou D. Rita.
- Até
agora estou sem entender. – Disse o Vereador Manuel.
- O
pior de tudo é que toda a cidade acreditou no Padre... – Falou Carlos Alberto.
- Isto
está muito estranho... Fizemos alguma coisa errada. – Disse João passando a mão
na cabeça.
- Não
fizemos nada de errado aquele mau caráter do padre está é jogando a comunidade
contra nós. – Disse o Pastor nervoso.
- Mas
se é isto, como podemos combatê-lo? A palavra do padre é lei nesta cidade... – Falou Carlos Alberto.
- Sim,
ele consegue transformar a mentira em verdade... – Falou D. Rita.
- Continuo
achando que erramos... – Resmungou João.
- Mas
erramos em quê? – Perguntou o Pastor Roberto.
- A notificação fala que o bem está tombado e
que a igreja terá o prazo de 15 dias para recorre do tombamento. – Disse
Zezinho.
- Será
que não entendeu?
-
Entendeu o quê? – Perguntou Zezinho.
- Entendeu
o que quer dizer tombamento. – Disse João.
-
Ora, claro que todo mundo sabe o que é tombamento. – Falou D. Rita.
- Aí
é que está o problema, as pessoas não sabem o que é tombamento.
- Será?
– Perguntou Carlos Alberto.
- É
claro, se soubessem não teriam a reação que tiveram. – Falou João levantando-se
e indo até a janela.
- Mas
se esse é o problema, qual a solução para esse impasse? Do jeito que a coisa
está não poderemos nem sair à rua... – Perguntou Zezinho.
- A
meu ver temos duas soluções:
CLIQUE NA OPÇÃO MAIS CORRETA:
CLIQUE NA OPÇÃO MAIS CORRETA:
1 – Destombar a
igreja para voltarmos às boas com a comunidade.
2 –
Procurar o Padre Vinícius e explicar tudo para ele.
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