PROTEUS EDUCAÇÃO PATRIMONIAL 22 ANOS

PROTEUS EDUCAÇÃO PATRIMONIAL 22 ANOS

domingo, 15 de dezembro de 2019

PEÇA TEATRAL "A MATRIZ"


PEÇA TEATRAL


A MATRIZ

Autor: Carlos Henrique Rangel



NARRADOR:

Em uma cidadezinha não muito distante, igual a tantas existentes neste nosso Brasil, vivia uma comunidade pacífica e ordeira, feliz com seus pequenos prazeres: a conversa na calçada, a missa na Matriz, o passeio que se seguia após o culto e é claro, as festas regionais. Praticamente a vida do lugar acontecia na praça da Matriz onde todos se encontravam. A Matriz, com suas duas torres era a presença mais marcante há quase trezentos anos. Símbolo da religiosidade local acompanhava a vida de todos com sua grandiosidade e imponência.

Esse símbolo adorado e reverenciado por todos tinha o seu benfeitor. Na verdade, uma família de benfeitores que há cem anos cuidava da Matriz, trocando telhas quebradas, pintando, limpando. O último membro desta antiga e rica família de comerciantes era o Sr. Israel Ferreira do Amaral Neto, conhecido por todos pelo carinhoso apelido de IFAN. E este rico e respeitado senhor durante cinquenta anos cuidou da Matriz como se fosse um filho que nunca teve. No entanto a riqueza acumulada em décadas pela família Ferreira do Amaral, que parecia inesgotável foi se dissipando em negócios mal feitos e o Sr. IFAN chegou à velhice praticamente pobre.


Essa pobreza seria apenas um drama familiar se não houvesse um grande porém: a Igreja Matriz... Com recursos limitados que mal davam para o sustento de sua casa, o Sr. IFAN não pôde mais cuidar da Igreja. As telhas não eram mais trocadas, a pintura não era renovada, os vidros quebrados continuavam quebrados.

A pacata comunidade assistia à degradação do seu bem mais precioso sem entender o que acontecia.



CENA 1:

Grupo de pessoas olhando a fachada da igreja Matriz.


VELHO MANUEL:

-      Olha, o vidro está quebrado – disse mostrando a janela da fachada principal da Matriz.


D. MARIA:

-      Eh, isso é horrível, Onde está o Sr. IFAN que não resolve este absurdo? – Exclamou Dona Maria escandalizada com a situação do velho templo.

VELHO MANUEL:

-      Está toda se perdendo... Coitada da nossa Igreja... – resmungou o velho Sr. Manuel que passava com uma de suas netas.



PADRE JOSÉ:

O padre José que estava na porta ouviu o comentário e balançou a cabeça triste.



-      O telhado está todo cheio de furos... Quando chove, a igreja vira uma piscina... – Disse olhando para a janela.


PIPOQUEIRO JORGE:

-      Isto não está certo, o Sr. IFAN não podia ter deixado isto acontecer... – Protestou Jorge, o pipoqueiro da Praça.



D. MARIA:

-      Concordo com o senhor... Isto é desleixo. Temos que fazer alguma coisa. – Disse Dona Maria.



VELHO MANUEL:

-      Vamos lá na casa dele agora resolver isto de uma vez por todas. – Disse o Sr. Manuel.



PADRE JOSÉ:

-      Isso mesmo vamos todos nós até a casa dele. – Falou o Padre José se adiantando.



NARRADOR:

E assim o pequeno grupo se dirigiu à mansão dos Ferreira do Amaral para tomar satisfação do solitário Sr. IFAN.

Foram recebidos pela velha criada da família que se assustou com a visita inesperada.



CENA 2 :

Dividida em dois ambientes:

Sala da casa do Sr. IFAN.

No canto do palco cama com o Sr. IFAN deitado.

Grupo formado pelo Padre José, D. Maria, Pipoqueiro Jorge e Velho Manuel recebido pela empregada Tia Nenê.



TIA NENÊ:

-      Padre José, Sr. Manuel, Dona Maria... Já ficaram sabendo? – Espantou-se a Tia Nenê.



PADRE JOSÉ:

-      Sabendo de que mulher? – Perguntou o padre sem entender.



TIA NENÊ:

-      Ih... O Sr. IFAN, coitado, está doente há cinco dias... Não sai da cama... – Disse ela abrindo a porta para que a comitiva entrasse na sala.



VELHO MANUEL:

-      Não sabíamos... A verdade é que viemos por outro motivo. Precisamos falar com ele...



PADRE JOSÉ:

-      Calma Manuel... O pobre homem está doente... – Disse o Padre colocando a mão no ombro do homem.



TIA NENÊ:

-      Olha, se a coisa é urgente, eu vou falar com ele para ver se pode recebê-los. – Disse Tia Nenê aflita.



PADRE JOSÉ:

-      Não sei não... Será que a gente não poderia resolver isto outro dia... – Lamentou o Padre José.



VELHO MANUEL:

-      Não, nada disso. Vamos resolver tudo agora mesmo, ou o senhor esqueceu do estado triste em que está a nossa querida Matriz? – Falou o Sr. Manuel um pouco alterado.



TIA NENÊ:

-      Olha, eu vou falar com ele e volto já. – Disse Tia Nenê saindo rapidamente.



Contexto:

Tia Nenê se dirige à cama onde o Sr. IFAN está deitado. Voltou logo depois pedindo que todos que a acompanhem ao quarto do velho Sr. IFAN.



TIA NENÊ:

- Tudo bem, podem vir.



Contexto:

O grupo encontrou o Sr. IFAN deitado, com o rosto branco como cera e os finos cabelos brancos desgrenhados.



Sr. IFAN:

-      Oh meus amigos, desculpem recebê-los assim... A gripe me derrubou... Nada muito grave... A que devo a honra dessa visita? – Perguntou o polido Sr. IFAN.



PADRE JOSÉ:

-      Olha Sr. IFAN lamentamos muito incomodá-lo neste momento, mas temos algo muito sério para tratar. – Disse o Padre José com o semblante carregado.



Sr. IFAN:

-      Por favor, sentem–se estou doente, mas não estou morrendo. – Falou o Sr. IFAN.



Contexto:

O grupo se acomodou nas cadeiras espalhadas pelo quarto e um pequeno silêncio ocupou o espaço por alguns segundos. Foi Dona Maria que o quebrou.



D. MARIA:

-      É sobre a Matriz... Sabe Sr. IFAN, ela está terrível com furos no telhado, vidros quebrados, imagens com cupim... – Disse ela timidamente.



VELHO MANUEL:

-      É... Ela está horrível, daqui a pouco cai. – Exagerou o Sr. Manuel.



PIPOQUEIRO JORGE:

-      É isto mesmo, está suja quebrada e o que o senhor vai fazer? – Perguntou o Pipoqueiro.



Sr. IFAN:

-      Olha meus amigos, o que eu posso fazer? - disse ele mostrando a cama.



PADRE JOSÉ:

-      O que o senhor pode fazer? Ora Sr. IFAN, o Senhor tem que dar um jeito nisto. – Disse o Padre José.



Sr. IFAN:

-      Eu? Olhem para mim. Olhem para minha casa... Estou velho, velho e pobre. Mal, mal tenho recursos para sustentar-me e a está pobre Tia Nenê... – Lamentou IFAN.



VELHO MANUEL:

-      Mas o senhor sempre cuidou da Igreja. O senhor e toda a sua família... – Rebateu o Sr. Manuel.



Sr. IFAN:

-      Eu sei disso. E olha que é com muito pesar que admito que não tenho condições de cuidar mais dela. – Falou o velho e doente senhor.



VELHO MANUEL:

-      Mas isto não está certo. Tem que cuidar sim senhor – Gritou o Sr. Manuel.



Sr. IFAN:

-      Meu amigo, você mais do que eu, sabe do amor que minha família sempre teve pela igreja, mas ela nunca foi nossa. A Matriz é de toda a cidade. – Disse IFAN.



D. MARIA:

-      A onde o senhor quer chegar? Perguntou Dona Maria.



Sr. IFAN:

-      À verdade. A Matriz é responsabilidade de todos nós, não de uma família...



PADRE JOSÉ:

-      Mas vocês sempre fizeram tudo sozinhos... – Disse o Padre.



SR. IFAN:

-      É verdade, foi um grande erro e só agora nesta situação difícil que percebi isto. – Disse IFAN.



PIPOQUEIRO JORGE:

-      Mas se o senhor não pode cuidar, quem vai cuidar? – Perguntou o pipoqueiro.



Sr. IFAN:

-      Ela não é de todos? Então todos vão cuidar...- Falou o doente com a voz rouca.



VELHO MANUEL:

-      Mas não temos dinheiro... – Falou o Sr. Manuel levantando-se.



Sr. IFAN:

-      É verdade, individualmente somos todos pobres e o conserto da nossa querida Igreja é caro...Mas juntos... Juntos podemos muito. – Disse o Sr. IFAN.


PADRE JOSÉ:

-      Como? Não entendi. – perguntou o Padre José.



Sr. IFAN:

-      É simples, vamos buscar os recursos na comunidade. – Falou IFAN sentando-se na cama.



D. MARIA:

-      Buscar como? – Perguntou Dona Maria.



Sr. IFAN:

-      Ora, vamos criar comissões... O Padre José pode organizar um leilão...



PADRE JOSÉ:

-      Leilão de que Sr. IFAN, a Igreja não tem nada para leiloar... – Riu o Padre.



Sr. IFAN:

-      Leilão das coisas que vamos recolher da comunidade... Um leitão do Sr. Pedro fazendeiro, uma cesta de frutas do pomar da Dona Maria, uma toalha bordada da Dona Rita...



PADRE JOSÉ:

-      Que ótima ideia Sr. IFAN, eu conheço muita gente que pode oferecer coisas interessantes. – Falou radiante o Padre José.



D. MARIA:

-      Podemos fazer barraquinhas... Vender pastéis após a missa. – Disse Dona Maria sorrindo.



VELHO MANUEL:

-      Isso mesmo. Dona Maria fica encarregada de montar a comissão das barraquinhas, Jorge conhece muita gente e pode ficar encarregado de recolher objetos para o leilão junto com o Padre...- Falou o Senhor Manuel.



PADRE JOSÉ:

-      E o senhor, o que vai fazer? – Perguntou Padre José ao velho Manuel.



VELHO MANUEL:

-      Vou procurar os pedreiros e marceneiros e explicar o problema... Pedir o apoio deles. – Falou o Senhor Manuel.



PADRE JOSÉ:

-      Que ótimo. Então vamos logo resolver isto. – Gritou o Padre José levantando-se. Os outros o seguiram radiantes. O grupo se despediu do doente e foi tratar dos assuntos.



NARRADOR:

O Padre José aproveitou a hora da missa para convocar voluntários e o apoio de toda a comunidade. Não demorou muito para que todos contribuíssem com alguma coisa ou com alguma atividade. O Senhor Haroldo da Gráfica fez os convites que foram espalhados por toda parte convocando para o leilão em prol da Matriz e para as barraquinhas na Praça. Em dez dias tudo estava pronto. No domingo de manhã aconteceu o leilão regado à fogos de artifício e balões. À noite as barraquinhas fizeram a festa como nunca havia se visto na cidade. Na Praça toda colorida de bandeirinhas multicores e de toldos brancos das barracas oferecia-se de tudo um pouco: pastéis da Dona Nhonhô, toalhas de renda da Dona Rita, bijuterias da Martinha... E tinha bebidas: refrigerantes e cervejas... Uma festa. Tudo e todos pela Matriz era o lema.

Praticamente todo mundo participou, até mesmo o senhor IFAN, coitado, ainda gripado.

O dinheiro arrecadado não foi muito, mas permitiu o início das obras realizadas por técnicos especializados. Logo alguém teve a ideia de vender santinhos e postais para conseguir mais dinheiro. O Sr. Alfredo do mercado ofereceu camisetas com estampas da igreja, um sucesso. Os pastéis de Dona Nhonhô viraram mania da cidade... Mas ainda era pouco.



CENA 3:

Reunião Semanal da Comissão. Todos reunidos. Cadeiras voltadas para o público.



VELHO MANUEL:

-      Gente do céu! E os santos? Como ficam os santos? - Perguntou na reunião semanal da Comissão.



D. MARIA:

-      É mesmo, a Santa Rita está toda carunchada, coitada! – Disse D. Maria.



PADRE JOSÉ:

-      Não é só ela não, o São José parece um queijo suíço de tão esburacados. – Falou o Padre José.



PIPOQUEIRO JORGE:

-      Oh gente! Está aí a solução. – Falou levantando com os olhos brilhantes de euforia.



PADRE JOSÉ:

-      Que solução? – Perguntou Padre José.



PIPOQUEIRO JORGE:

-      Ora, não estão vendo? Muitas meninas, moças e senhoras chamam-se Rita por causa da Santa Rita...



PADRE JOSÉ:

-      É mesmo. Muitos homens chamam-se José por causa do São José... – Falou o Padre José.



Sr. IFAN:

-      Entendi. Vamos procurar as Ritas e os Josés. – Falou o Sr. IFAN.



NARRADOR:

E assim a Comissão dos santos saiu pelas ruas da cidade visitando as Ritas e os Josés pedindo ajuda para restaurar as imagens. 

CENA 4:

D. Rita pendurando roupas no varal.



D. MARIA:

-      Olá Dona Rita, como vai? – Perguntavam:



D. RITA:

-      Vou bem...



D. MARIA:

-      Sabe Dona Rita, A senhora chama Rita por causa da imagem de Santa Rita, não é?



D. RITA:

-      É sim...



D. MARIA:

-      Pois então, a Coitada da Santa está lá toda cheia de cupim... Precisa ser restaurada. Quanto a senhora pode dar para ajudar a Santa?



NARRADOR:

E assim fizeram com o São José, com o Santo Antônio, com tantos outros santos. Restauraram as imagens com a ajuda das Marias, dos Joãos, das Ritas e dos Josés.

A igreja vivia cheia de gente querendo ajudar ou assistir as obras. Os professores das escolas levavam os alunos para verem os trabalhos em horários pré-determinados e os restauradores prestativos explicavam tudo. Todos ajudavam e aprendiam ajudando.

Mas havia o forro. O belo forro rococó da Matriz fora muito danificado pelos anos de goteira.



CENA 5:

Reunião da Comissão Semanal. Todos sentados em cadeiras voltadas para o público.



VELHO MANUEL:

-      Gente! Agora é o forro, olha só o estado dele. – Disse o Sr. Manuel apontando para o alto.



PIPOQUEIRO JORGE:

-      Agora ficou difícil, não conheço ninguém que se chama forro... – Brincou.



D. MARIA:

-      Engraçadinho. Se não tem ninguém tem todo mundo... – Disse Dona Maria.



PIPOQUEIRO JORGE:

Pensaram um pouco em silêncio e Jorge que fizera a brincadeira teve uma ideia.



-      E se a gente fizesse um desenho do forro e dividisse em pedaços iguais. Podíamos vender os pedaços...

PADRE JOSÉ:

-      Que ideia ótima. – Gritou o Padre José.



NARRADOR:

E isto foi feito. Fizeram o desenho do forro e saíram oferecendo a todos.

Conseguiram restaurar o forro com a ajuda de todos.



CENA 6 - CENA FINAL

Dia da inauguração dentro da Igreja:

No dia da inauguração as pessoas apontavam para certos lugares no forro sorrindo.



VELHO MANUEL:

-      Está vendo aquele pedaço ali, foi eu que ajudei a restaurar. – Disse.



D. MARIA:

-      Grande coisa, aquele outro ali foi eu. – Falou Dona Maria rindo.



NARRADOR:

Foi uma grande festa na cidade quando as obras terminaram. A igreja brilhava de tão bonita. A Praça estava toda enfeitada... Fogos de artifício coloriam o céu. As mulheres vestiram suas melhores roupas. Os homens pareciam noivos de tão elegantes. O Padre José parecia o rei da festa de tão feliz. A pacata cidade que sempre era muito calma e feliz estava mais unida do que nunca. A Igreja que sempre fora adorada por todos, agora era de fato de todos. E este sentimento se espalhou para todos os lugares da cidade. Agora os casarões eram de todos, a praça era de todos, as cachoeiras, as árvores, as festas...Um sentimento comunitário de respeito por tudo imperava.

O Sr. IFAN?

Sarou da gripe e passeava todas as tardes de braços dados com Tia Nenê. Continua muito respeitado por todos.



PADRE JOSÉ:

- VIVA A IGREJA MATRIZ! – Grita o Padre.



TODOS:

- VIVA!

VELHO MANUEL:

- VIVA A COMUNIDADE!


TODOS:

- VIVA!



FIM

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

FAZENDAS E ÁGUAS - TESES E DISSERTAÇÕES


1 - Águas de domínio público (Brasil colonial) O caso de Vila Rica, Minas Gerais, 1722-1806

http://www.scielo.br/pdf/vh/v32n58/0104-8775-vh-32-58-0079.pdf



2 - AUTOGESTÃO DE SISTEMAS RURAIS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA: ESTUDO DE CASO NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE LAGEDO, SÃO FRANCISCO - MG

http://www.smarh.eng.ufmg.br/defesas/1186M.PDF



3 - As águas de cada um, os rios de todos 

Conflitos e gestão de recursos hídricos na história de Minas Gerais

http://www.anppas.org.br/encontro6/anais/ARQUIVOS/GT10-1173-1061-20120629184828.pdf



4 - A GEOPOLÍTICA DA SEDE NO BRASIL: um estudo sobre água e pobreza no campo

 https://www.ufpe.br/documents/40086/1906110/TESE+-+Sandra+Silveira.pdf/51dbb7a2-07b2-42a8-9dc6-04be8d29c561

5 - Gerais a dentro e a fora:  identidade e territorialidade entre Geraizeiros do Norte de Minas Gerais

http://www.dan.unb.br/images/doc/Tese_084.pdf

6 - QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS RASAS DO AQUÍFERO BARREIRAS: ESTUDO DE CASO EM BENEVIDES - PA

 http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/bitstream/doc/19641/1/dissertacao_freddo_filho.pdf



7 – O Caminho das Águas

http://www.meioambiente.ba.gov.br/arquivos/File/Publicacoes/Livros/caminhodasaguas.pdf



8 -  Fazendas do Sul de Minas

https://teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18142/tde-17022009-113505/publico/dissertacao_cicero.pdf

9 - FAZENDEIROS DA ZONA DA MATA DE MINAS GERAIS NA CONSTRUÇÃO

DO ESTADO NACIONAL (1840-1860).

http://www.abphe.org.br/arquivos/irene-nogueira-de-rezende.pdf



10 - Economia e trabalho no sul de Minas no século XIX

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-06182007000200006



11 - ROÇAS, FAZENDAS, ENGENHOS, CURRAIS: UMA CARTOGRAFIA DA RURALIDADE COLONIAL NAS MINAS DO CUIABÁ (PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XVIII)*

http://www.scielo.br/pdf/rh/n173/2316-9141-rh-173-00211.pdf



12 - A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS EM MINAS GERAIS COLONIAL E A FAZENDA BORDA DO CAMPO

http://www.encontro2016.sp.anpuh.org/resources/anais/48/1467391147_ARQUIVO_ArtigoANPUH-CarolineSauerGoncalves.pdf



13 - MEMÓRIA, PATRIMÔNIO E FAZENDAS: processos de patrimonialização em Pompéu/MG

file:///C:/Users/Positivo/AppData/Local/Packages/Microsoft.MicrosoftEdge_8wekyb3d8bbwe/TempState/Downloads/AdebalAndrade%20(4).pdf

14 - ENGENHOS: produção e abastecimento no Termo do Cuiabá  (1751-1834)

https://www.ppghufgd.com/wp-content/uploads/2017/03/REV.-Vanda-final.pdf



15 – Abastecimento de água

https://docplayer.com.br/4972614-Abastecimento-de-agua.html



16 – Abastecimento de água na antiguidade

https://martaiansen.blogspot.com/2011/05/abastecimento-de-agua-da-antiguidade.html



17 - Água doce do Brasil colonial

http://www.campoecidade.com.br/agua-doce-do-brasil-colonial/


18 - Abastecimento em Diamantina


http://portal.iphan.gov.br/noticias/detalhes/1718v


19 - OS QUEIJOS E AS ÁGUAS DA SERRA DA CANASTRA

https://ferdinandodesousa.com/2018/11/20/os-queijos-e-as-aguas-da-serra-da-canastra/


20 - A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS EM MINAS GERAIS COLONIAL E A FAZENDA BORDA DO CAMPO

http://www.encontro2016.sp.anpuh.org/resources/anais/48/1467391147_ARQUIVO_ArtigoANPUH-CarolineSauerGoncalves.pdf


21 - As fazendas do Sul de Minas

http://tede.bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br:8080/jspui/bitstream/tede/940/2/LARISSA%20DE%20SOUZA%20PEREIRA.pdf


22 - A EXPANSÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR NA REGIÃO CENTRO-OESTE DE MINAS GERAIS: CENÁRIO ATUAL E TENDÊNCIAS FUTURAS.

https://ciamb.prpg.ufg.br/up/104/o/TESE_DE_DOUTORADO_EDMAR_VERSÃO_FINAL_CORRIGIDA.pdf





terça-feira, 22 de outubro de 2019

INVENTÁRIO E PROTEÇÃO - A VELHA NOVELA DO PATRIMÔNIO CULTURAL

O inventário não é regulamentado e fica sendo comparado a uma proteção como o tombamento mas bem menos embasado e sem contraditório. 
Não vem servindo para orientações de plano diretor ou planejamento urbano e na prática continua sendo um inventário de conhecimento que não está levando nem mesmo a indicativos de tombamento ou Registro. 
Os órgãos de proteção abdicaram da discussão. Se acomodaram no visão de Inventário de Conhecimento. Não querem avançar e o inventário - em Minas - está paralisado no que sempre foi. 
Continuo defendendo o inventário como uma proteção prévia que precisa avançar para proteções realmente efetivas. 
A regulamentação, tão necessária, não virá do IPHAN porque esse tem uma visão diferenciada do Inventário para atender aos seus interesses. E o IEPHA, esse sim - que tem sob sua orientação 853 municípios - parece não se preocupar em avançar na questão. 
No fundo, o que temos de fato como proteção é o Tombamento e o Registro. 
O restante - Plano Diretor e etc. - não avançam muito sem essas proteções. 
Não podemos esquecer que, nenhuma proteção legal vai cumprir o seu papel se não tiver o envolvimento das comunidades.
Mas, na verdade, uma coisa é o inventário que o iepha faz. A outra é o que os municípios fazem... Tem que regulamentar em nível Estadual para embasar os municípios. Acredito, no entanto, que, os municípios têm autonomia para regulamentar o inventário local, mesmo que não exista uma legislação estadual ou federal definindo e detalhando seu caráter de proteção. Tanto o iepha quanto os municípios - com base na Constituição Federal - poderiam regulamentar o instrumento com independência da Federação. Por outro lado, quem disse que só existe um tipo de inventário? São vários e todos precisam ser destrinchados e diferenciados numa legislação. Tanto o inventário feito pelo IPHAN quanto os realizados pelo IEPHA possuem um objetivo específico: embasar a proteção por meio do tombamento e ou Registro.
São inventários específicos - temáticos como o que o IEPHA fez sobre a obra de Niemayer ou inventários de núcleos ou conjuntos ou um tipo específico de manifestação imaterial, que já foram previamente classificados para serem tombados ou Registrados.
Por isso não existe uma preocupação em regulamentar algo que para eles está claro dentro das suas atividades cotidianas.
Mas, por outro lado, existe o ICMS Patrimônio Cultural, que exige do IEPHA mais clareza sobre o inventário a ser realizado pelos municípios - tanto os temáticos, como os gerais (os de varredura total do município).
Realmente, Minas está "Ilhada".
Nenhum outro membro da federação estimula o Inventário municipal.
Nenhum outro membro da federação detém o poder que o IEPHA tem, de ditar as regras de como se deve proteger os bens culturais ou conhece-los.
Isso só deixaria de existir se nos tirarem isso.
Se acabarem com o programa, o que seria o maior retrocesso já visto nesse país na área da proteção do patrimônio cultural.
Por isso acredito que os municípios mineiros poderiam regulamentar mas não o farão.
São completamente dependentes e vinculados ao IEPHA.
Quem tem que tomar essa iniciativa é a instituição, passando a exigir que os municípios regulamentem seus inventários conforme uma orientação na Deliberação Normativa obedecendo o que determina a Constituição de 1988.

(Carlos Henrique Rangel).

terça-feira, 8 de outubro de 2019

JOGO DA MEMÓRIA AMBIENTAL


JOGO DA MEMÓRIA: JOGO DA MEMÓRIA AMBIENTAL



Idealizador: Carlos Henrique Rangel


Como fazer:

1 – Trabalhe com uma turma de alunos do Ensino Fundamental ou Médio.

2 – Faça uma aula/palestra sobre Meio ambiente, abordando os seguintes conceitos: ecossistema, fauna e flora, Mata atlântica, floresta amazônica, Cerrado, agressão ambiental/destruição do meio ambiente/ poluição, preservação do meio ambiente,  a relação do ser humano e o meio ambiente, ecologia - como fazer para preservar o meio ambiente, equilíbrio ecológico, etc.

3 –  Faça uma seleção de imagens sobre agressão ao meio ambiente e de ações positivas na defesa do meio ambiente

4 – Mande imprimir em cores e plastificar duas cópias de cada imagem referente ao Meio Ambiente em tamanho A4, com devida identificação. Ou seja: 10 imagens/peças que darão 20 peças.


Como jogar:



1 – Escolha quatro alunos para jogarem.



2 – Faça uma roda com os alunos e distribua as peças aleatoriamente a cada um. Eles devem apresentar as imagens de costa para os jogadores.



3 – Faça um sorteio entre os quatro jogadores definindo a ordem de jogada.



4 – O Primeiro jogador escolhe dois alunos/peça que devem mostrar as imagens que seguram. Se casar as peças os dois alunos/peças saem da roda e entregam ao jogador as suas imagens casadas.

Outra forma de jogar: Os alunos/peças saem da roda e passam a compor uma equipe com o jogador que fez o casamento das peças. Assim, esses alunos poderão ajudar o jogador a achar novos pares de peças.



5 – O jogador que acertou as imagens continua o jogo até errar, passando a vez para o próximo jogador.

Outra forma de jogar: Acertando o par de peças o jogador continua a jogar e incorporar novos membros a equipe que se formou para ajuda-lo a ganhar.

Errando, a vez passa a outro jogador que procederá da mesma forma.



6 – Ganha o jogo o jogador que tiver conseguido casar o maior número de bens culturais.

Outra forma de jogar: Ganha o jogo a equipe que tiver mais peças e mais membros.

EXEMPLO DE PEÇAS PARA O JOGO:




















JOGO DA MEMÓRIA:


JOGO DA MEMÓRIA CULTURAL




Idealizador: Carlos Henrique Rangel




Como fazer:




1 – Trabalhe com uma turma de alunos do Ensino Fundamental ou Médio.



2 – Faça uma aula/palestra sobre Patrimônio Cultural, abordando os seguintes conceitos: Cultura, Identidade, Memória, a relação da memória com o passado, Identidade e passado, bem cultural material e imaterial, Patrimônio Cultural, Preservação, Conservação, Proteção, Inventário de Proteção ao Acervo Cultural, Tombamento, Registro do Imaterial.



3 – Trabalhado os conceitos, divida a turma em grupos e peça para que cada grupo escolha 10 bens materiais e imateriais que consideram patrimônio cultural do município.



4 – Os grupos terão que fotografar e escrever um míni histórico dos bens escolhidos.



5 – Os grupos devem apresentar em sala de aula o trabalho sobre os bens culturais escolhidos com suas devidas fotos.



6 – Terminada a apresentação os alunos escolherão o número mínimo de 10 e o máximo de 15 bens culturais materiais e imateriais para serem transformados em peças do jogo da memória.



7 – Mande imprimir em cores e plastificar duas cópias de cada imagem de bem cultural em tamanho A4, com devida identificação. Ou seja: 10 imagens/peças darão 20 peças.




Como jogar:



1 – Escolha quatro alunos para jogarem.



2 – Faça uma roda com os alunos e distribua as peças aleatoriamente a cada um. Eles devem apresentar as imagens de costa para os jogadores.



3 – Faça um sorteio entre os quatro jogadores definindo a ordem de jogada.



4 – O Primeiro jogador escolhe dois alunos/peça que devem mostrar as imagens que seguram. Se casar as peças os dois alunos/peças saem da roda e entregam ao jogador as suas imagens casadas.

Outra forma de jogar: Os alunos/peças saem da roda e passam a compor uma equipe com o jogador que fez o casamento das peças. Assim, esses alunos poderão ajudar o jogador a achar novos pares de peças.



5 – O jogador que acertou as imagens continua o jogo até errar, passando a vez para o próximo jogador.

Outra forma de jogar: Acertando o par de peças o jogador continua a jogar e incorporar novos membros a equipe que se formou para ajuda-lo a ganhar.

Errando, a vez passa a outro jogador que procederá da mesma forma.



6 – Ganha o jogo o jogador que tiver conseguido casar o maior número de bens culturais.

Outra forma de jogar: Ganha o jogo a equipe que tiver mais peças e mais membros.



EXEMPLOS PARA PEÇAS EM TAMANHO A4: