PROTEUS EDUCAÇÃO PATRIMONIAL 22 ANOS

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quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

O FEIJÃO COM ARROZ DA PRESERVAÇÃO:

 O FEIJÃO COM ARROZ DA PRESERVAÇÃO: 

Esse está sendo o problema das instituições de preservação. 

Não há evolução na lida com a preservação. 

Não há planejamento e propostas para uma atuação efetiva nos conjuntos urbanos ou rurais. 

A mesmice impera na maioria das instituições, desde os anos 1990 e não vejo uma mudança deste quadro a curto e médio prazo. 

É cômodo tocar o barco fazendo o feijão com arroz azedado de sempre, fingindo preservar e apagando muito mal os incêndios que sempre acontecem quando não há fiscalização efetiva, um plano de preservação e a utilização eficiente  dos instrumentos como o tombamento, o inventário e outras leis federais. 

O futuro da preservação legal do patrimônio cultural está nas mãos de um grupo medíocre e apático, sem o mínimo interesse de repensar a atividade. 

Não há autocrítica e nem interesse de mudar as coisas. 

Estão acomodados na sonolenta mesmice de décadas e criando escola. 

Não vejo luz no fim do túnel. 

Na verdade, o próprio túnel está ameaçado. 

Penso que a solução para se avançar nos mecanismos da preservação seria a realização de seminários internos nas instituições, avaliando a sua atuação e evolução durante a sua existência. 

Isso deveria ser feito com total honestidade nos estudos e diagnósticos  sobre a atuação e desenvolvimento das atividades de proteção do patrimônio cultural e seus erros e acertos ao longo das décadas. 

Isso permitiria levantar problemas e possíveis soluções destes e a melhor forma de atuar e avançar na proteção e preservação dos suportes da memória. 

Este seminário, se bem elaborado, permitiria até mesmo a reestruturação das atividades e a elaboração de Programas de Preservação, Proteção, Revitalização e Promoção do Patrimônio Cultural.

Por não mudarmos  continuamos fazendo as mesmas coisas mal e porcamente, repetindo erros e até mesmo aumentando-os. 

A ideia não é julgar o passado, mas aprender com ele para avançarmos em uma forma melhor de atuar na proteção do patrimônio cultural. 

Mas para isso precisamos de mentes abertas e dispostas a sair da mesmice cômoda, acomodada e burocrática de funcionário público.  

*Carlos Henrique Rangel.