PROTEUS EDUCAÇÃO PATRIMONIAL 22 ANOS

PROTEUS EDUCAÇÃO PATRIMONIAL 22 ANOS

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL - CHOVENDO NO MOLHADO


CHOVENDO NO MOLHADO:

É necessário pensar a proteção do patrimônio cultural, não como um objetivo em si mesmo, mas como uma prioridade de sobrevivência e continuidade de um povo. 

E isso tem que ser decidido não por um grupo de "iluminados" detentores de diplomas e títulos. 

E sim pelo povo...Pelas várias comunidades produtoras de culturas e seus produtos: os bens culturais - materiais e imateriais.

O reconhecimento legal a um bem cultural não é garantia de sua continuidade. 

Somente a legitimação deste bem cultural pelo seu grupo criador/recriador é que realmente o fará continuar pela eternidade possível.

Somente o seu reconhecimento, utilização, recriação, lhe dará o devido respeito e legitimidade enquanto objeto de lembrar e depositário da identidade de uma comunidade... Caixa de sua memória e autoestima.

Por isso repito: não adianta declarar um bem como patrimônio legal de um povo sem a devida concordância, participação e colaboração deste povo. 

Não adianta tombar/Registrar um bem cultural se não houver um comprometimento compartilhado do órgão tombador e das comunidades envolvidas, em seu cuidado diário, em sua conservação, utilização, recriação, promoção e divulgação...

Enfim: Educação Patrimonial constante, permanente desde o início do processo de proteção e para todo o sempre.

(Carlos Henrique Rangel).


Obs.:  Chover no molhado é preciso para ver se em algum lugar um órgão de proteção (ou seria de pretensão?) resolva fazer o que é certo e parar de apagar incêndios, empurrar com a barriga ou chegar tarde demais.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

A PRESERVAÇÃO REVISTA


A PRESERVAÇÃO REVISTA

Autor: Carlos Henrique Rangel

Fazenda Fonte Limpa - Santana dos Montes
Tombada pelo IEPHA/MG.



Para viver e sobreviver no mundo, os seres precisam se adaptar aos espaços/lugares.

Os animais se relacionam com os lugares biologicamente, se moldando lentamente ao clima e ambiente. Tornam-se perfeitamente aptos para viver nos espaços que escolheram como lar.

O lugar se torna seu habitat sua morada definitiva e única.

E esse ser não poderá viver em outro lugar a não ser que seja um lugar muito parecido com o seu lugar de origem.

Sua história está vinculada, moldada no espaço que o construiu e adaptou.

O ser humano, também é um ser adaptado biologicamente, mas não só.

Obrigado a viver em grupo para sobreviver o ser humano criou mecanismos de comunicação para poder transmitir conhecimentos, ideias e descobertas: gestos e sons que se somam e formam sílabas, palavras e significados.

Esses códigos dizem algo. Passam algo. Transmitem algo.

O ser humano se adapta ao lugar culturalmente.

Percebeu cedo que precisava do outro. Precisava compartilhar com o outro o seu conhecimento e suas experiências para continuar no mundo.

O lugar o molda, mas também é transformado por ele. O lugar é domesticado, trabalhado por ele.

Cedo o ser humano percebeu o seu mundo e descobriu que ao contrário dos animais, precisa se adaptar aos lugares transformando-os.

Não possui peles fortes para protegê-lo do calor ou do frio. Não possui garras para matar ou rasgar os alimentos.

Para sobreviver às constantes mudanças climáticas do meio ambiente o ser humano necessita criar peles artificiais tiradas dos outros animais. É necessário cria garras artificiais como pedras pontudas ou paus trabalhados para ferir e nocautear os animais/caças e os inimigos, os “outros”. E todos esses artifícios estarão sempre em constante evolução para uma melhor adaptação ao meio.

O ser humano produz cultura. O único ser a fazê-lo. E cultura é essa soma de modos de ser, fazer e se relacionar com os espaços/lugares, utilizando o que o meio tem a lhe oferecer para sobreviver. Se há pedras, fará abrigos de pedra. Se há apenas terra, a casa será de barro. Se há gelo, que seja de gelo o abrigo a protegê-lo.

Ao contrário dos animais. Que naturalmente se moldam aos lugares, precisamos aprender. Não se nasce com cultura. É necessário aprender a cultura do grupo.

Os modos de ser de acreditar de se relacionar com o outro. Cultura se aprende.

Então cultura está relacionada com o passado. Com o que foi vivenciado no passado e que deve ser transmitido para que continue e ajude o grupo a se perpetuar no mundo.

Cultura está relacionada com lembrança e com a memória e define a identidade do grupo.

A Cultura está em gestos e ações dos Homens. É um fazer portador de sentidos.

E os produtos culturais são consequências deste fazer, deste agir.

A importância cultural é dada pelos atores deste fazer.

Minha identidade é a soma do que lembro individualmente e em conjunto. Minha memória se faz com o meu passado e consequentemente molda a minha identidade.

Todos nós temos lembranças.

Só lembramos do que passou.

O ser humano precisa aprender sempre para lembrar.

Deve ensinar e transmitir para que outros possam lembrar e futuramente transmitir.

Mas a nossa memória é frágil e mutável. Constantemente é construída no presente. Nem tudo lembramos e para isso é importante repetir e transmitir e também atribuir lembranças às coisas e lugares. Para isso é necessário qualificar as coisas e os lugares para que esses “falem” e sejam suportes da memória do indivíduo e do grupo.

Lembrar pode ser a diferença entre sobreviver ou perecer.
Para não esquecer eu guardo o que pode me fazer lembrar.

Posso escrever, posso documentar e posso incorporar valores e lembranças às coisas para que elas me façam lembrar.

O que sou está no passado, no presente e nos espaços que me rodeiam.

Sou influenciado pelos lugares e pelos outros seres humanos.

O que sou eu aprendi e construí com os meus e guardo em minha memória.

Todo ser humano é em um lugar. E nesse lugar deixa sua marca e sua essência, moldada e influenciada pelo lugar.

O Ser humano está no lugar. O lugar faz o Ser. O Ser também faz o lugar.

Então, a permanência de um grupo depende da sua cultura, que depende do lugar. Depende da memória de grupo e dos suportes da memória: os lugares que falam.

Essa produção cultural de um grupo é uma herança compartilhada.

Podemos herdar os bens culturais, mas não herdamos a sua compreensão.

Para compreender é preciso aprender, conhecer, vivenciar, apreciar.

Aquilo que eu compreendo e conheço, eu respeito.

Onde tem gente tem cultura transplantada, recriada, reconstruída, adaptada, inovada e novamente criada.

Onde tem cultura tem bens culturais: materiais e imateriais produzidos pelos seres humanos para viver e sobreviver no mundo que o cerca.

Todo lugar de Homem... De muitos Homens produz cultura.

Cada ser humano carrega em si o seu mundo e sua cultura e é direta e indiretamente

transmissor, reprodutor, inovador e criador de cultura.

O que o ser humano é está no passado, no presente e nos espaços que o rodeiam.

O Homem é influenciado pelos lugares e pelos outros seres humanos.

O que ele é aprendeu e construiu com os outros e guarda em sua memória e em suportes.

É por isso que guardamos coisas. As coisas falam. Fazem com que nos lembremos do que aconteceu no passado e que precisamos para continuar.

Alguns “bens”, falam só para um indivíduo ou para a sua família.

Falam de coisas que vivenciou e de coisas e seres que quer lembrar.

Há outros bens que falam para o grupo/comunidade/nação e transmitem o conhecimento que necessitam para que possam sobreviver com dignidade e autoestima.

Esses são os “bens culturais”, produtos do processo cultural de um grupo e que são importantes não por serem históricos artísticos ou arquitetonicamente únicos, mas por que são essencialmente suportes da memória do Homem.

O valor de um bem cultural está nessa capacidade de “falar” ao grupo tanto coletivamente como individualmente. Está impregnado de lembranças e dá sentido ao grupo e o diferencia de um outro.

Esse bem só terá sentido para um grupo se for um suporte vivo de lembranças, vivências e significados.

Esse bem precisa estar vivo no cotidiano do grupo para realmente falar a esse grupo.

Preservar os bens culturais materiais e ou imateriais de um grupo é manter a identidade deste grupo garantindo a sua continuidade. Mas isso só será possível se esse grupo continuar a “ouvir as vozes” dos bens culturais.

Ninguém nasce sabendo cultura e sempre será necessário ensinar o respeito às coisas que falam para podermos ouvir. É preciso romper a miopia cultural e aprende a escutar o que os lugares e os suportes da memória têm a dizer.

Assim, só respeito o que conheço. Só preservo o que significa algo. Só protejo o que é caro à minha memória e sobrevivência.


sábado, 18 de agosto de 2018

MEU CANDIDATO

O MEU CANDIDATO

Família é importante sim. 

E apoio o candidato que defenda a família formada por pai, mãe e filhos, Pai e pai e filhos, mãe e mãe e filhos, Pai e filhos, mãe e filhos, pai e seus filhos com mãe e seus filhos. 

Defendo a família possível em um mundo moderno. 

Também apoio o patriota que queira defender as riquezas da nação e suas grandes empresas estatais. E que defenda todas as etnias que formam a nação. 
Que defenda nossas florestas, parques e reservas naturais.
 Que defenda as nossas várias culturas e nosso patrimônio cultural. 
Que defenda a educação gratuita, a saúde gratuita. 
Igualdade para todos e suas opções sexuais, religiosas e o que mais vier.

Também apoio o candidato que não seja corrupto e que não contrate fantasmas como funcionários e nem tenha malas cheias de dinheiro em apartamentos.

Também apoio o candidato que creia em Deus OU NÃO e seja honesto.
Crê em Deus não é aval para honestidade e sabemos muito bem.

Quanto ao aborto, apoio o candidato que vá chamar um plebiscito para deixar a população escolher.

(Carlos Henrique Rangel).

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

HOSPITAL CASSIANO CAMPOLINA DE ENTRE RIOS DE MINAS - TOMBADO PELO IEPHA/MG - CONEP

HOSPITAL CASSIANO CAMPOLINA 
FOTO: ADILSON RESENDE


Filho do Major José Caetano da Silva Campolina e de D. Francisca de Paula Ferreira, Cassiano Antônio da Silva Campolina, nasceu no antigo distrito de São Brás do Suaçuí, em 10 de julho de 1836.

Aficionado por cavalos e encenações das Cavalhadas, tornou-se conhecido por possuir em sua fazenda do Tanque, os melhores animais da região.
Quando faleceu, em 26 de julho de 1904, Cassiano Campolina era um conceituado fazendeiro, solteiro e sem herdeiros diretos, rico em posses e amigos.

Algum tempo antes de sua morte, na Fazenda do Tanque, Cassiano teria confidenciado a seu amigo Joaquim Pacheco de Resende, que em seu testamento havia constituído a ele e a João Ribeiro, seus herdeiros universais. Surpreso, Joaquim Pacheco pediu a anulação do testamento solicitando outro, no qual os bens estariam destinados à fundação de um hospital em Entre Rios.

Acatando a sugestão do amigo, no dia 22 de fevereiro de 1903, Cassiano fez e assinou novo testamento, deixando a maior parte de seus bens para a construção de um grande hospital que levaria seu nome, destinado a suprir a carência do município e da região.
Após a sua morte, pouco mais de um ano depois da elaboração do testamento, iniciaram-se os esforços para fazer cumprir os desejos do grande criador de cavalos.

No dia 24 de agosto de 1904, em reunião realizada na casa do testamenteiro João Ribeiro de Oliveira, os irmãos da Associação do Pão de Santo Antônio, votaram pela desistência dos encargos solicitados em testamento por Cassiano Campolina, considerando principalmente que a organização e fundação de um hospital de caráter leigo extrapolava as suas funções estritamente religiosas. Uma vez que o documento previa a nomeação de trinta homens para assumirem as funções em caso de impedimento da associação do Pão de Santo Antônio, ponderaram que não havia prejuízo ao intento humanitário.
O patrimônio da nova instituição hospitalar e tudo sobre ele, ficaria a cargo da Irmandade constituída por trinta homens escolhidos pelo Testamenteiro, com cargo vitalício, perdendo o lugar por morte, renúncia, “condenação em pena infamante” e ou em caso de incapacidade física ou moral. 

O Dr. Arthur Ribeiro, membro da Comissão Construtora, contratou os serviços do renomado arquiteto Edgar Nascentes Coelho para a elaboração do Projeto que foi concluído em 6 de março de 1906, “satisfazendo todos os requisitos da sciencia médico cirúrgica e da hygiene” Visando o início das obras, foi assinado no mês de julho de 1906, um contrato de locação de serviços com Marçal Pacheco de Souza para o fornecimento de oitocentos mil tijolos. A pedra fundamental do edifício foi solenemente lançada em 6 de dezembro do mesmo ano.
A inauguração do Hospital aconteceu em 1910. 
Para a pintura da Capela, foram contratados os serviços do pintor e construtor Francisco Tamietti, especializado em pinturas de marmorizados, estuques, paisagens e retratos, com grande atuação em Belo Horizonte onde já havia realizado trabalhos no Teatro Municipal, no salão nobre da antiga Escola Normal, no forro da sala de sessões do Senado Mineiro, dentre outros.

Em 1913, estava concluída a parte “essencial” do Hospital, faltando pequenos detalhes como a instalação de dois portões que fechavam o quintal, pequenas janelas na parte baixa e o andar térreo. A clínica médica esta sob a responsabilidade do Dr. Balbino Ribeiro da Silva, que contava com o auxílio do estudante do sexto ano, Sebastião Leão e do farmacêutico Francisco Franco.
A benção do prédio ocorreu em 1915, realizada por D. Silvério Gomes Pimenta.

Na segunda reunião ordinária do CONEP realizada em 14 de agosto de 2018, o importante hospital - ainda em funcionamento - foi tombado como patrimônio cultural do povo mineiro.

Tombado pelo município de Entre Rios encontra-se agora tombado em nível Estadual. Aprovado pela Deliberação CONEP 17/2018, de 18 de setembro de 2018, e inscrito nos Livros do Tombo II – de Belas Artes –, III – Histórico, das obras de Arte Históricas e dos Documentos Paleográficos ou Bibliográficos – e IV – Artes Aplicadas. (Fonte: iepha. mg.

(Resumo histórico retirado de texto de Carlos Henrique Rangel e Cristina Pereira Nunes).



segunda-feira, 13 de agosto de 2018

CATAGUASES - RESGATANDO UMA ENTREVISTA DE 11 DE JUNHO DE 2006

RESGATANDO UMA ENTREVISTA 
DADA AO JORNAL CATAGUASES EM 11 DE JUNHO DE 2006:

CATAGUASES: Por outro lado, a cidade também cresce... Qual é o lugar do novo? Temos que preservar tudo?


Carlos Henrique Rangel - Sempre existem espaços urbanos mais bem elaborados e representativos de determinados momentos e com valores que ultrapassam a própria época. Quem vai dizer o que deve ser preservado ou não nestas áreas são os moradores. O maior patrimônio de um povo é sua memória, sua história. E se os moradores entendem que é importante conservar estilos arquitetônicos que identificam seus momentos históricos, então esse desejo deve ser respeitado. Isso não quer dizer que não há lugar para o novo e nem que a cidade não possa crescer. O novo e o antigo podem coexistir. Mas também não são os investidores imobiliários que vão dizer para onde a cidade vai crescer, é a  população quem vai responder isso, e aí está a importância do envolvimento direto da comunidade na definição do seu Plano Diretor, (...).

CATAGUASES: De que forma a população de Cataguases pode se conscientizar para a importância da política de preservação do Patrimônio tombado?


Carlos Henrique Rangel - Em Minas Gerais existe uma noção equivocada de Patrimônio que sempre remete a Ouro Preto ou Mariana. Patrimônio não é apenas o passado colonial. Pode ser o passado mais recente, do estilo arquitetônico moderno, do século vinte, como existe em Cataguases. A história de Cataguases não é melhor nem pior do que as outras. Ela é única. O Santuário de Santa Rita só existe em Cataguases. Qual cidade mineira não possui sua estação ferroviária? Mas a de Cataguases é inédita em sua história, é exclusiva na memória de sua gente. Esse ineditismo é o que dá riqueza a um Patrimônio. É este o olhar que o cataguasense deve lançar para a sua cidade, para ter estima de si mesmo, de sua memória. Na preservação do Patrimônio está muito mais do que a conservação material de um imóvel tombado. O que mais importa é a certeza de que o cataguasense tem identidade cultural porque sabe preservar seu passado.

CATAGUASES: Quais são os principais agentes na degradação do Patrimônio Histórico e quais os instrumentos para conscientizar as pessoas da importância de preservar?

Carlos Henrique Rangel - Ao contrário do que se possa imaginar, não são o tempo e a ação do clima os principais agentes de deterioração do Patrimônio. O maior responsável pela degradação patrimonial é o próprio homem, seja através do vandalismo ou fazendo intervenção inadequadas. (...).

Para que a preservação dê certo é fundamental, acima de qualquer coisa, a cumplicidade e participação da população. É necessário também que aconteçam acordos ou parcerias entre órgãos governamentais, empresas e o terceiro setor. Mas, o mais importante é que a população compreenda que esta zelando por aquilo que é de todos. E isso deve ser repetido o quanto for necessário. 
Patrimônio não pertence a elites intelectuais ou especialistas. Patrimônio é de todos. Ao mesmo tempo, é necessário que se dê vida aos espaços preservados. Se isso não acontece as pessoas não se apropriam desses lugares. Então, é preciso passar e transmitir essa noção de que o Patrimônio Cultural é um bem de todos. 

O sujeito que picha ou destrói alguma coisa está destruindo a sua própria casa. O Patrimônio é a vida das cidades, a vida das pessoas. Temos que vitalizar o Patrimônio senão ele morre. É por isso mesmo que a ideia de restaurar vem sempre acompanhada  da ideia de preservação, pois restaurar e estragar continuamente não adianta, não faz sentido, não educa ninguém. Ou o Patrimônio Cultural faz parte da vida dos municípios ou então estamos sendo apenas teóricos.  
Agora, para fazer parte desse dia-a-dia das pessoas, não basta conhecer conceitualmente o valor de uma praça ou de uma casa antiga, com se ensina nas escolas. É muito mais que isso, muito mais que sala de aula e professor, é importante que o cidadão comum sinta intimidade com o Patrimônio, tenha o mesmo sentimento com que ele guarda a receita do doce da avó ou a joia da família.  (...). O Patrimônio tem que carregar esse sentimento na vida dos cidadãos para que todos aprendam a fazer uso dele. (...).

E é claro que os maiores aliados também se organizam na sociedade, divulgando os conceitos e práticas de Educação Patrimonial e de valorização da identidade cultural. Acho que o processo de conscientização passa necessariamente pelas escolas, mas não pode ficar apenas em sala de aula. (...).



sábado, 11 de agosto de 2018

EM DEFESA DO PATRIMÔNIO CULTURAL


Em defesa do patrimônio colonial e eclético

Carlos Henrique Rangel
Historiador - Agente Cultural



JORNAL ESTADO DE MINAS, SABADO - 11 DE AGOSTO DE 2018.



Uma cidade não é feita apenas de uma categoria estilística de bens imóveis legitimados por um órgão maior, como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). E a cultura de um povo, a exemplo da produção de bens culturais, extrapola um estilo arquitetônico ou artístico e se constitui de bens imateriais e materiais diversos, porque, afinal, não existe um povo no singular e sim povos-comunidades que têm identidades próprias e produzem suportes de memória diversos e ricos, mesmo em um espaço limitado pelo município.


A alegação de que bens culturais fora do perímetro de tombamento dos conjuntos tombados pelo Iphan não estão protegidos ou não interessam é um grande equívoco cometido durante muitos anos por municípios detentores de bens protegidos em nível federal. Minas concentra inúmeras e diversificadas manifestações culturais espalhadas por toda sua extensão territorial, fruto de suas raízes históricas, suas potencialidades socioeconômicas e rica herança cultural. 


É por esse e outros equívocos que Minas vai perdendo muitos bens culturais, como ocorreu mês passado em Cataguases, na Zona da Mata. O município de Cataguases que tem um conjunto de edificações no estilo moderno protegidas pelo Iphan não é só constituído desse patrimônio material reconhecido pelo órgão federal. Não. Cataguases surgiu muito antes dessa produção – importante sim – mas não única. Se o Iphan protegeu os bens culturais modernos isso não quer dizer que os outros estilos arquitetônicos e artísticos não são importantes. Cabe ao Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Cataguases proteger esses resquícios do patrimônio mais antigo de estilos que remontam à origem da cidade e parar de usar o tombamento do Iphan como desculpa para não agir.


Os resquícios coloniais do século 19 e os casarões ecléticos do início do século 20, hoje ameaçados pela omissão e negligência do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural que se esconde por trás do tombamento federal para justificar a sua “não ação”, precisam e devem ser protegidos. Uma coisa é o tombamento do Iphan, que tem uma motivação específica. Outra coisa é o patrimônio que só interessa ao município. Esse é responsabilidade do instituto local que foi criado por esse motivo.


Cataguases não é somente uma cidade moderna. Vai além.


O Iphan cumpriu seu papel de proteger aquilo que extrapola o interesse local e interessa a todos os brasileiros enquanto um povo diverso e rico em cultura.


Cabe ao município proteger o que interessa a sua localidade. Aquilo que fala e transpira a alma de Cataguases muito além do moderno. 




O empenho para a criação de uma instituição destinada à preservação do patrimônio cultural coube aos intelectuais modernistas, encantados com a homogeneidade das cidades do período colonial mineiro, que preservavam praticamente intacto o seu acervo arquitetônico e artístico do século 18. Graças a esses expoentes da intelectualidade brasileira dos anos 1920, foi criado em 1936 o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, atual Iphan, regulamentado pelo Decreto –Lei n.º 25 de 30 de novembro de 1937. Esse órgão de proteção sustentado pelo instituto do Tombamento e sob a direção de Rodrigo Melo Franco de Andrade, cujos 120 anos de nascimento são lembrados este ano, que empreendeu a proteção dos grandes núcleos históricos e dos monumentos mais expressivos de nossa cultura até os anos 1970 superando dificuldades e se consolidando.


Durante décadas, o Iphan foi a única proteção aos bens culturais do país, usando a política de tombamento para proteger os bens culturais – único instrumento de proteção até o ano de 1988, quando a nova Constituição Federal definiu outros instrumentos, entre eles o Registro e o Inventário


A relação com os municípios foi mesclada, durante muito tempo, por um paternalismo doutrinário e autoritário. Isso teve consequência a dependência e a submissão, que impedia que os municípios das chamadas “cidades históricas” entendessem que havia patrimônio cultural além das fronteiras definidas e impostas pelo órgão federal. Essa visão durou pouco mais de 50 anos e a muito custo foi rompida.


Em abril 1970, o encontro de governadores realizado em Brasília (DF) definiu que os estados e municípios deveriam compartilhar a proteção do patrimônio de expressão local, criando os seus órgãos de preservação. Seguindo a orientação do Encontro de Brasília, em 1971, o governo de Minas criou o Iepha-MG, fundação integrante do Sistema Estadual de Cultura com a atribuição básica de preservar o patrimônio cultural do estado empreendendo a identificação, registro, fiscalização e restauração dos bens culturais tangíveis e, a partir de 2002, dos bens imateriais. 


Guardando as devidas proporções, a mesma visão paternalista-autoritária acabou se impondo aos municípios com bens tombados em nível estadual durante algumas décadas, somente rompida a partir da descentralização da proteção do patrimônio cultural ocorrida por meio do Programa ICMS Patrimônio Cultural, um dos critérios criados em dezembro de 1995  pela Lei 12.040 (atual 18.030/2009) que ganhou o apelido de Lei Robin Hood. Esse ainda hoje revolucionário programa de proteção incentivou os municípios mineiros a criar suas leis e institutos de proteção do patrimônio cultural local e por esse motivo temos hoje mais de 700 municípios com os conselhos municipais de Proteção do Patrimônio Cultural e mais de 4 mil bens culturais protegidos pelo tombamento e pelo Registro do Patrimônio Imaterial.






sexta-feira, 10 de agosto de 2018

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL -ATIVIDADE - CONHECENDO A ESCOLA -

ATIVIDADES - CONHECENDO A ESCOLA

Autor: Carlos Henrique Rangel




1 - Cotidiano da Escola 
(trabalho em grupo, apresentação em sala de aula)

Matéria: HISTÓRIA

Público-alvo: alunos do ensino fundamental e ensino médio.

Descrição: Seguindo um questionário, realizar pesquisa em grupos visando ao reconhecimento do cotidiano da Escola.


OS TRABALHOS SERÃO EXPOSTOS NA SEMANA DO PATRIMÔNIO CULTURAL

QUESTIONÁRIO:

1 - Quando e quem construiu o prédio da escola?

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2 - Para que foi construído o prédio?

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3 - Qual o seu estilo arquitetônico? Qual o período em que predominou?

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4 - Quais as diferenças entre este estilo e o estilo barroco.

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5 - Quando o prédio foi transformado em escola?

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6 - Quem foi o primeiro diretor?______________________________________________________________________________________________________________________________________

7 - Procure saber quais as pessoas importantes ou famosas que estudaram na escola.

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8 - Escolha uma delas para falar de sua vida, sua profissão e sua importância para a nossa história.

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9 - Quem é o atual diretor?

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10 - Há quanto tempo trabalha com ensino e há quantos anos está na direção da escola?

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11 – A Escola é protegida? Se sim, quando a escola foi tombada e por quê?

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12 - O que é o tombamento e quais suas consequências para a escola?

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13 - O prédio está passando por uma restauração? Você sabe o que isto significa?

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14 - Se estiver passando por Restauração, elabore um questionário de perguntas e entreviste o arquiteto responsável pela obra. Não se esqueça de perguntar o seu nome completo.

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15 - Qual a importância da escola em sua vida?

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16 - Quais os problemas que apresenta e quais as soluções para resolvê-los?

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17 - Faça um cartaz como o desenho do prédio, identificando os seus cômodos e seus problemas.

18 - Faça um mapa em uma cartolina do quarteirão onde a escola se situa identificando os prédios e casas.

Fotografe ou desenhe as casas ou prédios mais significativos do quarteirão, identificando o seu nome, endereço, época em que foi construído e estado de conservação, para serem apresentados em um cartaz. Identifique os principais problemas do quarteirão.

Obs.: os trabalhos serão expostos na escola na semana do Patrimônio Cultural.


2 - Mapa mental 
(trabalho individual, apresentação em sala de aula)
OS TRABALHOS SERÃO EXPOSTOS NA SEMANA DO PATRIMÔNIO CULTURAL
Matéria: GEOGRAFIA
Público-alvo: alunos do ensino fundamental e ensino médio.
Descrição:
Cada aluno produzirá um mapa detalhado do caminho que percorre para chegar à escola. Nele serão identificados prédios e ruas que lhe chamaram a atenção.
Logo em seguida, os alunos apresentarão os mapas, explicando o caminho e os lugares lembrados.
Como complemento deste trabalho, outro mapa deve ser elaborado em casa com a mesma temática. O aluno terá dois dias para observar o caminho de sua casa, e anotar e identificar no mapa todos os detalhes que considera importante: ruas, prédios, praças etc.
Em sala de aula, os dois mapas serão confrontados. O aluno deve ser estimulado a esclarecer por que certos lugares e edifícios lhe chamaram a atenção e ficaram na sua lembrança e outros não.
Por que alguns prédios e lugares foram lembrados pela maioria dos alunos?
Por que isto aconteceu?

Obs.: Os mapas comporão a exposição a ser realizada no final do ano.


3 - ESPAÇOS DA ESCOLA E DE SEU ENTORNO[1]
 (trabalho em grupo com apresentação em sala de aula)
Descrição: Seguindo um questionário, realizar pesquisa em grupos, visando ao reconhecimento dos espaços da escola e de seu entorno (vizinhança).
Obs.: Os trabalhos devem ser apresentados em cartazes ou cartolinas para a exposição a ser realizada na escola.
OS TRABALHOS SERÃO EXPOSTOS NA SEMANA DO PATRIMÔNIO CULTURAL
1 - Quantos alunos têm nos turnos da manhã, tarde e noite? Faça um gráfico demonstrando estes números.
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2 - Há quantas salas de aula?
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3 - Quantos alunos há em sua sala?
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4 - Quantos banheiros a escola possui?
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5 - Quantas janelas têm o prédio da escola.
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6 - Quantas portas?
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7 - Quais as formas geométricas representadas nas janelas?
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8 - Qual o tamanho das janelas e portas?
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9 - Quantos professores têm?
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10 - Quantos serventes?
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11 - Qual o tamanho do quarteirão da escola?
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12 - Quantas casas ou prédios existem do século XIX, dos anos 1910, 1920, 1930, 1950, 1960, 1970 e 1980 outros anos. Demonstre estes dados através de um gráfico.
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[1] O entorno é a área que envolve ou circunda a escola, conformando uma paisagem que pode ser composta de vazios, cheios, bens imóveis, móveis, naturais e artificiais. 


terça-feira, 7 de agosto de 2018

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL - VISITA GUIADA/ORIENTADA


Na visita guiada se puderem, usem um mapa.... 


Planta do Bairro Floresta/Belo Horizonte
datada de 1942.



Faça um roteiro da visita partindo da escola e indo ao bem cultural. Divida a turma em grupos para fazerem juntos os exercícios. Podem ser grupos de 6 alunos cada.

1- Fotografe detalhes das casas ou fotografe as janelas das casas.

2 - Anote os endereços.

3 -  Crie uma folha didática misturando as janela deixando em baixo das janela três linha para que os alunos anotem os endereços das janelas que acharem.

4 - Assim, eles vão fazer o caminho observando as casas existentes  até chegar ao objeto a ser visitado.

5 - No lugar do bem cultural dê aos grupos de alunos folhas didáticas com exercícios diferentes. podem ser uma sobre o bem outro sobre a praça ou vizinhança do bem.

6-  Em sala de aula verifique em conjunto com os alunos qual grupo ganho/acertou as janelas. O grupo que ganhou pode ganhar uma prenda/lembrança.

7 - Da mesma forma deixe dois ou três grupos de alunos apresentarem o exercício sobre a visita ao bem. 
Grupos que fizeram o mesmo exercício podem opinar se concordam ou não com as colocações do grupo que está apresentando.

Bem, são sugestões...

Boa Sorte...

EXEMPLO DE FOLHA DIDÁTICA:



FOLHA DIDÁTICA PARA VISITA GUIADA/ORIENTADA


Visitas Orientadas - Divida os temas (Praça e Igreja) deve ser distribuídos entre seis grupos. O trabalho será feito em visita à Praça e a Igreja.


PRAÇA

1 – Você conhecia a Praça? Qual o seu nome?

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2 – Como era antes? Passou por reformas? Quais e quando? Teve outros nomes? Quando adquiriu o nome atual?

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3 – Qual a origem do nome da Praça? Se for uma personalidade histórica faça uma pesquisa sobre ela.

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4 – O que mais te chamou a atenção na visita?  Por quê?

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 5 – O que acontece na rua / praça? Quem freqüenta e o que faz? Por que freqüenta?

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6 – Quais os prédios mais interessantes no entorno[1] da praça? São de que época?


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7 – Existem áreas de lazer? Bares? Quadras? Coreto? Brinquedos? Quantos são de cada categoria.

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8 – Quantos canteiros têm a praça e em que formato são?

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9 – Existem Bancos? Quantos são? De que material são feitos?

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10 – Existem monumentos? (bustos, fontes, estátuas, etc.) Descreva-os. (No caso dos bustos, quem são os homenageados? o que fizeram para serem homenageados? No caso das fontes e estátuas, quem as fez ou projetou?).

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11 – Quais as cores que predominam na praça e onde se encontram.

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12 – Que tipos de animais habitam a praça? Qual o motivo para eles viverem na Praça?

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13 – Quais os sons ouvidos na Praça? Por que esses sons acontecem na Praça?

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14 – Qual o som que você mais gostou de ouvir? Por quê?

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15 - Qual o que menos gostou? Por quê?

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16 – Em sua opinião, o que pode ser feito para diminuir ou acabar com esse som ruim?

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17 – Quais os cheiros percebidos na Praça? Por que esses cheiros existem?

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18 – Qual o cheiro que você achou mais agradável? Por quê?


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19 – Qual o cheiro que menos gostou? Por quê?

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20 – Em sua opinião, o que pode ser feito para acabar com esse cheiro ruim, caso seja um cheiro que atrapalhe a convivência na praça.

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21 - Desenhe a praça identificando os bancos, bustos, coretos, jardins, monumentos.











Alunos: ______________________________________________________________________________________________________________________________

Turma: __________________________________________________



IGREJA

1 – Pesquise: Como se chama a igreja matriz? Quando foi construída? Quem construiu? Qual o material utilizado para sua construção? Qual o Santo de Devoção? 

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2 – Pesquise sobre a vida do Santo que dá nome a igreja: como viveu, o que fez, como morreu. Identifique os atributos da imagem. De onde veio? Quem produziu? Como foi adquirida?

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3 – Existe uma festa em homenagem ao Santo? Quando, onde e como acontece? Descreva a esta festa:

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4 – Entreviste o principal responsável pela festa usando o seguinte roteiro: Nome? Função na festa? Quando surgiu a festa? Por que acontece a festa? Quem financia? Quais são os principais participantes? Como acontece a festa: início, meio, fim?

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5 – Como é o altar principal da Igreja? Quantos nichos? Quais as imagens expostas?

(Descreva o elemento decorativo que mais te chamou atenção).

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6 – Quais os sons ouvidos na Igreja? Por que esses sons acontecem na Igreja?

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                  7 – Qual o som que você mais gostou de ouvir? Por quê?

        Qual o que menos gostou? Por quê?

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8 – Em sua opinião, o que pode ser feito para diminuir ou acabar com esse som ruim?

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9 – Quais os cheiros percebidos na Igreja? Por que esses cheiros existem?

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10 – Qual o cheiro que você achou mais agradável? Por quê?

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11 – Qual o cheiro que menos gostou? Por quê?

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                        12 – Em sua opinião, o que pode ser feito para acabar com esse cheiro ruim?

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13 – Quais os problemas que a Igreja apresenta? Como resolvê-los?

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14 - Reconhecendo a Igreja: Desenhe a Igreja e seu entorno[2].


















alunos: ______________________________________________________________________________________________________________________________

Turma: __________________________________________________












[1] O entorno é a área que envolve ou circunda a praça, conformando uma paisagem que pode ser composta de vazios, cheios, bens imóveis, móveis, naturais e artificiais. 
[2] O entorno é a área que envolve ou circunda a igreja, conformando uma paisagem que pode ser composta de vazios, cheios, bens imóveis, móveis, naturais e artificiais. 




Carlos Henrique Rangel