3 – Notificar a ambos e publicar o edital.
Agora
podemos passar para ao segundo caso que por sinal foi apresentado pelo Vereador
Manuel Costa. Trata-se deste nosso prédio. O prédio é tombado e abriga em seu
primeiro andar a Câmara Municipal e a nossa sede no segundo andar... – Falou o
Presidente.
-
Devemos lembrar que esse andar nos foi cedido pelo atual presidente da Câmara
que é um ardoroso defensor do nosso patrimônio. – Completou o Vereador Manuel.
-
Isso mesmo, obrigado pela lembrança. Mas como dizia, o prédio não tem uma placa
de identificação e o presidente da Câmara trouxe esse projeto para se analisado
por nós. – Disse o Presidente do Conselho abrindo uma planta onde se via o belo
prédio da Câmara com um letreiro luminoso que cobria boa parte da fachada.
-
Nossa, que coisa horrível! – Gritou D. Rita.
- Nem pensar, isto não
pode acontecer. – Falou João concordando.
- Gente, ele é o presidente da
Câmara.... Manda nesse prédio... – Explicou o vereador.
- Pode até ser o Papa.
Olha só que coisa, toma toda a platibanda do prédio.- Falou o Sr. Zezinho.
- Vocês têm razão, vamos informa-lo que não
poderá instalar a tal placa. Todos concordam?
Todos levantaram as mãos concordando.
- Sugiro que além da comunicação
por escrito, que alguém vá conversar com ele. – Falou João.
- É, pela delicadeza do
caso acho que seria melhor que fosse o
Presidente do Conselho. – Sugeriu o vereador Manuel.
Todos concordaram.
- Bem acho que por hoje é
só. Vou pedir a nossa secretária para redigir a notificação ao Padre e a carta
ao Presidente da Câmara. Amanhã mesmo
irei falar com ele. Agora vamos lanchar. – Terminou o Sr. Carlos Alberto.
No outro dia bem cedo o Sr. Carlos
Alberto se apresentou ao Presidente da Câmara.
- Bom dia Sr. Jorge.
- Bom dia Sr. Carlos Alberto. A
que devo a honra assim tão cedo? – Perguntou o Sr. Jorge, Presidente da Câmara.
- É sobre a
placa do nosso prédio. O Conselho chegou a uma decisão.
- Ficou linda não? Foi
eu mesmo que fiz...
- Não ficou não, na verdade
ficou muito ruim. – Respondeu o Sr. Carlos Alberto.
- Como? vocês não aprovaram? – Se
levantou o Presidente da Câmara nervoso.
- Não, ela toma toda a platibanda
do prédio e não pode ser construída.
- O que? É claro que
vou instala-la. O que
vocês pensam que são? – Gritou o Sr. Jorge.
- Somos o Conselho e o
prédio é tombado. – Berrou também o Sr. Carlos Alberto.
- Vocês esquecem uma coisa. Eu
deixei vocês se instalarem no prédio.
- O que o
senhor está querendo dizer com isto?
- Que fiz um favor para
vocês...
- Ora, só faltava
isto...O Senhor não entende de nada,
muito menos de Patrimônio.
- Entendo que posso
expulsa-los do prédio... – Vociferou o Vereador Presidente da Câmara.
- É impossível falar com o
senhor . – Gritou Carlos Alberto saindo da sala nervoso.
Estava preocupado com as ameaças do
Presidente da Câmara. Não sabia qual atitude tomar. Na praça em frente ao
prédio encontrou o velho Sr. Marconi sentado em um banco segurando uma bengala.
- Como vai Sr Carlos Alberto? –
Perguntou ele.
- Não muito bem Sr.
Marconi. – Respondeu Carlos se sentando ao lado do velho senhor.
- O que
aconteceu para deixa-lo tão
abatido?
Carlos Alberto suspirou e contou toda a
história da placa.
- É, Vocês nem bem começaram a
atuar e já estão com problemas. Você errou ao perder o controle com o
Presidente da Câmara. Não teve muito tato ao apresentar a solução do
Conselho... A meu ver você tem três soluções:
1 – Voltar atrás na decisão para não perder a sede.
2 – Manterem a decisão.
3 – Propor ao Presidente da Câmara uma placa que seja um meio termo entre a proposta da Câmara e do Conselho.
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