DESCENTRALIZAÇÃO
É no âmbito municipal, nas localidades e comunidades é que se encontra a verdadeira proteção.
É junto aos vivenciadores e com os vivenciadores é que se protege o patrimônio cultural.
Se quisermos de fato efetivar e consolidar essa proteção temos que descentralizar nossas ações. Temos que ir ao encontro destes detentores do patrimônio cultural.
Levar nossos cursos, nossas angústias, nossas dúvidas e certezas a onde estão as comunidades e os seus agentes culturais.
Devemos aprender a ouvir, entender e principalmente ensinar e compartilhar conhecimento com os agentes culturais, entendendo que não são inimigos e sim parceiros e construtores da proteção do patrimônio cultural.
Se não houver humildade e verdadeira paixão pela proteção do patrimônio cultural, continuaremos com viseiras burocráticas e maldosas que só excluem e dividem.
Foram anos de construção de um programa de descentralização da proteção.
Anos de ensaio e erro para que aqueles pioneiros entendessem que nenhuma instituição protege sozinha.
Que um programa criado para distribuir recursos não é um simples ato burocrático, mas um caminho para se valorizar e estimular os verdadeiros detentores do patrimônio cultural.
Os que não entendem isso é porque estão presos ao horário de entrar e sair de uma instituição, pouco se importando com o trabalho.
São meros passageiros em busca de um salário que não se preocupam em reciclar, aprender, reconhecer seus erros, (e corrigi-los), compartilhar e trabalhar em conjunto.
Chega da preguiça centralizadora e limitada dos burocratas sem visão.
Carlos Henrique Rangel.
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