UMA VISÃO SOBRE A EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
O público alvo, objeto de uma
ação de Educação Patrimonial não é uma caixa vazia esperando para ser
preenchida.
Ele detém conhecimentos sobre si
mesmo e sobre o seu mundo e necessita apenas, ser estimulado a ouvir/sentir o
que se encontra em seu interior, na essência de sua comunidade e nos espaços e
coisas que a permeiam e rodeiam.
As ações de Educação Patrimonial precisam
estimular esse conhecimento latente que se encontra no grupo a ser trabalhado, fazendo
com que se lembre ou se redescubra nos objetos, lugares, ações, manifestações e
recriações, fruto do seu grupo/comunidade/bairro/cidade/nação.
Esses estímulos sensoriais, visuais,
auditivos, olfativos, gustativos e sentimentais devem se realizar por meio:
- De atividades e exercícios que
provoquem e estimulem no indivíduo, o entendimento de seu ambiente familiar, seu
cotidiano e a relação das coisas materiais e imateriais com essa vivência do
dia a dia.
- De atividades e ações que
possam despertar essa intimidade perdida ou adormecida, entre os bens culturais
materiais e imateriais, o indivíduo e sua coletividade.
- De visitas orientadas a lugares
e bens culturais de importância coletiva onde o grupo será provocado, por meio
de exercícios e atividades, a descobrir/redescobrir, conhecer e se reconhecer
no bem cultural.
Conceito básicos devem ser
trabalhados sim, mas não com o intuito de se transformarem em conhecimento de
segunda mão, repetidos sem sentido. Esses conceitos devem ser o alicerce da redescoberta
individual e coletiva do conhecimento latente adormecido no consciente e inconsciente
desses homens e mulheres envolvidos no projeto de Educação Patrimonial.
Ao final do Projeto de Educação
Patrimonial, mudanças ocorrerão tanto no grupo trabalhado como nos instrutores
envolvidos e será diferente de indivíduo para indivíduo.
Carlos
Henrique Rangel
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