PÁTIO DO COLÉGIO DE SÃO PAULO PICHADO - ABRIL DE 2018.
Não existe pichação boa. A não ser aquela consentida.
Por mais que seja de protesto - e protesto legítimo - a falta de
respeito aos bens culturais legitimados ou não, não se justifica.
Tudo passa pela educação. A verdade é que qualquer intervenção em
propriedade privada ou pública independente de ser patrimônio cultural -
legitimado por lei ou apenas legitimado pela sociedade - sem o consentimento, é
uma agressão.
Cabe sim um projeto de educação patrimonial esclarecendo e
sensibilizando para isso. A questão punitiva é uma questão legal, mas pode ser
revertida para horas sociais de prestação de serviço na limpeza de monumentos e
bens culturais ou cursos e oficinas educativas.
Protesto contra as injustiças sociais e patrimônio
cultural não são opositores.
Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa e são fruto da mesma
coisa...
Não queremos a exclusão, nem a alienação dos pobres, mas isso não
significa a depredação do patrimônio cultural.
Uma coisa não pode ser oposição a outra ou excluir a outra.
Preservar
o patrimônio cultural - de todos e de todos os grupos sociais - deve ser sempre
a nossa máxima.
Defendendo
o patrimônio de todos também defendemos a inserção destes excluídos e a
elevação de status e autoestima.
Como
disse: Podemos defender os "sem voz" e a sua causa, sem que tenhamos
que destruir o patrimônio cultural legitimado ou não.
Minha história com o patrimônio cultural não me permite outra visão.
Carlos Henrique Rangel - Historiador/ Agente Cultural
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