“Desta forma, como referência ao
Patrimônio podemos atribuir o que sugere Bourdieu com relação à cultura, onde
este sugere existir apenas um Patrimônio – o Cultural – do qual se
apropriam de forma diferente todas as possibilidades de definições de cultura.
(...) a ideia de Patrimônio Cultural, quando
envolve todos os aspectos da atividade humana, conduz a uma revalorização do
natural, do meio-ambiente como algo relacionado ao homem e manipulado por ele.
O homem em iteração com a natureza, domina suas espécies, o meio geográfico e o
ambiente. Controla, consciente ou inconscientemente, o habitat onde desenvolve sua vida
potencializando umas espécies em detrimento de outras.
Nesse sentido,
o meio-ambiente está intimamente relacionado com o cultural e portanto com as
produções do homem (apud AGUIRRE, 1997, P.205).
O conceito de Patrimônio
Cultural, então, envolve o feito humano atrelado a um contexto, uma vez que
todo o espaço ocupado pelo homem está demarcado e oferece testemunho de sua
ação em busca de sua sobrevivência e bem-estar.
Assim, o espaço natural está
impresso pelo resultado desta ação humana, o que nos leva a inferir que tudo
que representa esta impressão, seja no âmbito material ou simbólico
(imaterial), representa uma interferência humana que significa cultura, que,
por sua vez é Patrimônio Cultural.
O Patrimônio, nesta
possibilidade, não é algo sem importância, fruto de convenções sociais e posto
em normas. É dinâmico e abre possibilidades para o aprofundamento nos contextos
social, histórico, econômico que envolvem o lugar e sua gente.” (Grifo nosso).
(José Clerton de Oliveira
Martins, PATRIMÔNIO CULTURAL: SUJEITO, MEMÓRIA E SENTIDO PARA O LUGAR pag.s 52,
53. Cadernos
do patrimônio cultural: educação patrimonial/ Organização Adson Rodrigo S.
Pinheiro. – Fortaleza: Iphan, 2015).
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