“Já se
tem como consenso que quem realmente define ou deveria definir o que é
patrimônio cultural de um grupo é o próprio grupo.
Sem
essa legitimidade qualquer bem alçado a condição de “Patrimônio Cultural” legal
não se suportará. Será esquecido e alienado.
Também
sabemos que, o chamado discurso patrimonial está intimamente ligado ao poder e
em várias ou em todas as ocasiões foi utilizado por quem detinha o controle das
instituições do Patrimônio Cultural, para reforçar ideologias ou visões de
mundo.
Certo
é, que,
independentemente de quem detenha o poder, o que uma comunidade reconhece como
suporte de sua memória, vai continuar utilizado, vivenciado e preservado sendo
protegido legalmente ou não.
Mesmo que sejam negligenciados ou ignorados pelos que assumiram a direção das instituições de proteção do patrimônio cultural e seus Conselhos supostamente e teoricamente definidos como “representantes das Comunidades”, esses bens culturais de valores diversos para os grupos culturais permanecerão para além dos desejos elitistas e preconceituosos.”
Mesmo que sejam negligenciados ou ignorados pelos que assumiram a direção das instituições de proteção do patrimônio cultural e seus Conselhos supostamente e teoricamente definidos como “representantes das Comunidades”, esses bens culturais de valores diversos para os grupos culturais permanecerão para além dos desejos elitistas e preconceituosos.”
(Carlos
Henrique Rangel).
VALOR CULTURAL DE UM BEM
"Essa atribuição faz parte do jogo da memória e do esquecimento, pois é feita uma escolha pelos órgãos responsáveis e técnicos do que deve ser preservado, e a partir desta escolha são desenvolvidas políticas de preservação. Quando analisamos a dinâmica cultural, notamos que, para a preservação e continuação das práticas culturais, faz-se necessária a participação da sociedade, pois é ela quem dá legitimidade para a aplicação das políticas preservacionistas."
(Angélica Kohls Schwanz. EDUCAÇÃO PATRIMONIAL – A PEDAGOGIA POLÍTICA DO ESQUECIMENTO? Cadernos do LEPAARQ - Textos de Antropologia, Arqueologia e Patrimônio.
V. III, n° 5/6. Pelotas, RS: Editora da UFPEL. 2006. )
O
QUE SOMOS
“Tudo que somos, que fazemos, que cremos,
que acreditamos é parte de uma construção.
Somos como a casa, que foi um tijolo, uma
parede.
Cada telha, cada reboco complementa a
casa.
Cada elemento humano que a povoou, a
complementa.
Assim somos nós.
Somos formados pelas coisas do passado,
pelos lugares, pelo que nos ensinaram,
pelas músicas que ouvimos, pelas alegrias e
tristezas individuais e coletivas.
Somos também construídos no presente e
fazemos diferença para o futuro, que será pior ou melhor... Tudo depende de
nós...
Dependo de vocês e vocês dependem de mim.
Dependo de vocês e vocês dependem de mim.
Somos elos de uma mesma corrente que puxa
a humanidade para frente.
Minha sobrevivência depende da sua e a
sua depende da minha.
Somos indivíduos, mas também somos
plurais, coletivos.”
(Carlos
Henrique Rangel).
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