A GESTÃO DOS BENS CULTURAIS:
Faz-se necessário a criação de fundo Estadual do Patrimônio
Cultural gerido de forma democrática, além de uma política efetiva de gestão e
salvaguarda dos bens culturais de forma constante, bem estruturada e com parceria
democrática com as comunidades Visando a fiscalização, planejamento de ações a
curto, médio e longo prazo, a
conservação, restauração e revitalização e utilização e educação
patrimonial.
Talvez fosse o momento de criação de consórcios de municípios
ou mesmo a criação de gestão conjunta regional para um planejamento comunitário
e intermunicipal de gestão, manutenção, programas de ação de proteção,
salvaguarda e revitalização e projetos em comum de educação patrimonial.
Audiências públicas devem ser incentivadas para democratizar
as ações voltadas para a preservação do patrimônio material e imaterial.
Principalmente em se
tratando de bens culturais tombados pelo Estado onde a democracia e a
transparência passam longe. Não há envolvimento das comunidades no processo.
Se faz necessário o maior envolvimento das comunidades na
participação, nas escolhas a serem definidas e para uma futura gestão deste
novo bem cultural elevado ao status de bem cultural estadual.
Infelizmente, democracia e fundo são heresias no atual
momento.
Mas não devemos esquecer.
Um dia retomaremos essa pauta.
Um dia os trabalhos de preservação terão como principais
atores os seus detentores e não burocratas travestidos de técnicos que morrem
de medo de gente e que gostam de ditar as regras e impor suas verdades.
Os maiores problemas que temos com a preservação é a
imposição e falta de diálogo com os detentores dos bens culturais.
Esses sim, são os que podem cuidar e educar suas comunidades
para continuarem a lembrar e fazer com que os bens culturais continuem a
transmitir a memória e as verdades daquela comunidade fortalecendo a sua
autoestima.
(Carlos Henrique Rangel).
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