ESSAS COISAS...
Autor: Carlos Henrique Rangel
As coisas nos falam mesmo quando não
temos a capacidade de ouvi-las por não entendermos sua linguagem. Mesmo quando
falam de memórias de outros, conseguimos ouvir seus sussurros de um tempo que
não é nosso e do qual não participamos ou vivenciamos. Sabemos que trata de
memórias de homens mesmo que não sejam as nossas.
Um Rio pode ser uma metáfora do tempo,
esse que passa sempre e mesmo sendo o Rio é sempre um novo rio.
As coisas ou o que resta das coisas
berram memórias e mesmo o rio, reflete o tempo dos homens em suas margens, em
seu espelho d’água, esse caminho que leva o Homem e que também é marcado pelo
Homem.
São os homens que atribuem vozes às
coisas. Que lhes impregnam de significados para fazer lembrar mesmo que seja
inconsciente.
Coisas que falam duram mais...
Homens que ouvem as coisas estes também
vivem mais e melhor.
LUGAR COMUM:
CONHECIMENTO E VALOR
Autor: Carlos Henrique Rangel
Ao homem cabe definir o que lhe é caro. O que lhe toca, fala e o impulsiona para o infinito futuro.
É característica humana conhecer ou pensar conhecer para aceitar , acomodar, sentir-se bem e continuar.
Conhecer e atribuir valores são essenciais ao homem para uma vivência sadia com o seu meio e os seus. E isso pode ocorrer de forma consciente ou inconsciente. Coletivamente ou individualmente. Sempre de forma diferente, por que diferentes são os homens e as relações destes com o seu meio/mundo.
Uma relação que é real e ao mesmo tempo mistica. Ao mesmo tempo fantasiosa e construída individualmente e coletivamente nos espaços domesticados.
Os valores são transportados, atribuídos aos lugares e as coisas, quase aleatoriamente ao longo dos anos e das vivências. Definem o caráter dos homens, influenciam o seu modo de ser, crer, e ver o mundo e vice-versa. Os lugares e as coisas influenciam e ao mesmo tempo são qualificados, valorados compreendidos, modificados material e imaterialmente pelos homens.
E a razão de tudo isso é viver bem.
Sentir-se bem e em segurança física e espiritual. “Eu me sinto bem no lugar que quero e me quer bem.”
O que conheço e me faz bem e me é caro, eu quero que dure, que permaneça. Por que a sua permanência está vinculada a minha sobrevivência, a minha continuidade.
Se o elo se rompe por incompetência do grupo humano em transmitir o conhecimento atribuído aos lugares e coisas, assistiremos a crise desta sociedade. Onde a ruptura acontece entre conhecimento e valor, a dispersão impera. Não há mais coesão social e um povo que não lembra está fadado ao desaparecimento. Um povo que não lembra não importa.
E se não importa, já não é mais um povo.
Para não esquecer os valores e ou atribuir novos valores é preciso lembrar sempre: transmitir, repetir, reconhecer, conhecer.
Está nas mãos dos homem a sua continuidade e permanência.
Sem passado e tradição não há continuidade e renovação sadia. Sem suportes da memória não há como lembrar e continuar com autoestima. Sem autoestima é o fim.
O que queremos?
CONHECIMENTO E VALOR
Autor: Carlos Henrique Rangel
Ao homem cabe definir o que lhe é caro. O que lhe toca, fala e o impulsiona para o infinito futuro.
É característica humana conhecer ou pensar conhecer para aceitar , acomodar, sentir-se bem e continuar.
Conhecer e atribuir valores são essenciais ao homem para uma vivência sadia com o seu meio e os seus. E isso pode ocorrer de forma consciente ou inconsciente. Coletivamente ou individualmente. Sempre de forma diferente, por que diferentes são os homens e as relações destes com o seu meio/mundo.
Uma relação que é real e ao mesmo tempo mistica. Ao mesmo tempo fantasiosa e construída individualmente e coletivamente nos espaços domesticados.
Os valores são transportados, atribuídos aos lugares e as coisas, quase aleatoriamente ao longo dos anos e das vivências. Definem o caráter dos homens, influenciam o seu modo de ser, crer, e ver o mundo e vice-versa. Os lugares e as coisas influenciam e ao mesmo tempo são qualificados, valorados compreendidos, modificados material e imaterialmente pelos homens.
E a razão de tudo isso é viver bem.
Sentir-se bem e em segurança física e espiritual. “Eu me sinto bem no lugar que quero e me quer bem.”
O que conheço e me faz bem e me é caro, eu quero que dure, que permaneça. Por que a sua permanência está vinculada a minha sobrevivência, a minha continuidade.
Se o elo se rompe por incompetência do grupo humano em transmitir o conhecimento atribuído aos lugares e coisas, assistiremos a crise desta sociedade. Onde a ruptura acontece entre conhecimento e valor, a dispersão impera. Não há mais coesão social e um povo que não lembra está fadado ao desaparecimento. Um povo que não lembra não importa.
E se não importa, já não é mais um povo.
Para não esquecer os valores e ou atribuir novos valores é preciso lembrar sempre: transmitir, repetir, reconhecer, conhecer.
Está nas mãos dos homem a sua continuidade e permanência.
Sem passado e tradição não há continuidade e renovação sadia. Sem suportes da memória não há como lembrar e continuar com autoestima. Sem autoestima é o fim.
O que queremos?
GENTE E PATRIMÔNIO:
Quem quer trabalhar com Patrimônio Cultural tem que gostar de gente.
Entender de gente.
E gente com muitas gentes.
Afinal, são as gentes - as pessoas - é que produzem, utilizam, vivenciam e qualificam as coisas - materiais e imateriais - transformando-as em bens culturais.
Quem trabalha com Patrimônio e quer ser um multiplicador, orientador, transmissor, tem que gostar de pessoas e, claro, precisa saber do que está falando.
Tem que ser humilde para entender que ninguém sabe tudo. Principalmente quando se trata de suportes da memória.
Se for humilde, saberá ouvir.
Saberá orientar, ensinar, compreender, motivar, incentivar e principalmente, aprender.
Quem trabalha com Patrimônio Cultural precisa gostar de gente.
De muita gente.
De gentes diferentes.
De culturas diversas.
De terras e vivências diversas.
(Carlos Henrique Rangel).
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